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marina silva
2008-05-15
Parlamentares criticam "atitude ideológica" e "preconceito" contra agronegócio

Para sindicatos, a petista vinha prejudicando imagem do país no exterior; Marina recebe elogio, no entanto, do ministro da Agricultura

Adversários de Marina Silva em questões como o uso de transgênicos e pecuária extensiva, integrantes da bancada ruralista no Congresso criticaram a atuação da ministra no Meio Ambiente.  Mas ela também recebeu elogios no Senado de governistas e da oposição.

Vice-presidente da CNA (Confederação Nacional de Agricultura) e produtora agrícola, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) reconheceu a importância política de Marina, mas criticou sua atitude ideológica frente à pasta.  "

Sem demagogia, eu tenho admiração pela história e a vida da ministra.  Só que ela tem um componente ideológico fortíssimo que atrapalha o Brasil a crescer", afirmou ela.  "Quando se exagera no protecionismo você incentiva o crime.  Quanto mais punitivo, mais você empurra a pessoa para o crime."  Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos líderes da bancada ruralista na Câmara, lembrou que Marina dificultou os avanços na área tecnológica.  "Os problemas que ela criou o próprio governo é que tem de explicar."

Caiado, contudo, disse que preferiria "não crucificá-la".  "Afinal, ela não tomou as decisões sozinha.  Sempre teve o apoio do presidente", disse.  "Até tenho muito respeito por ela.  É uma das poucas pessoas no governo que têm posição."

O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que a gestão da ministra representou um atraso para o país e que ela demorou para deixar o cargo.  "A saída dela pode fazer com que o bom senso seja retomado nas questões ambientais.  Havia uma carga ideológica muito forte, um preconceito contra o agronegócio."  "Ela atrasou muito o Brasil com a irracionalidade no trato de questões como os transgênicos."

Para o deputado Marcos Montes (DEM-MG), Marina "tem uma atitude extremamente pontuada na defesa do meio ambiente, mas desconectada do processo produtivo do mundo inteiro".  "Acho que ela exagerou nas medidas que tomou.  A saída foi muito boa, Lula marcou mais um gol."

Elogios

No Senado, porém, integrantes da oposição e do governo lamentaram a saída da ministra.  "É uma perda muito grande.  O governo precisa escolher muito bem quem vai substituí-la para não colocar em jogo a soberania da Amazônia", disse o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).

"É lamentável, porque ela é uma voz muito forte nos fóruns internacionais", disse o líder do PSB, Renato Casagrande (ES).  A líder do PT, Ideli Salvatti (SC), afirmou que ela será recebida de "braços abertos", mas disse "estar chateada" com a saída de Sibá Machado (PT), suplente de Marina no Senado.

"A senadora é hoje patrimônio da história do Acre e sai de cabeça erguida", disse o senador petista Tião Viana (AC).  Segundo a assessoria do Ministério da Agricultura, o ministro Reinhold Stephanes "lamentou" a decisão de Marina.  "Stephanes fez questão de destacar o bom relacionamento mantido entre ambos e reconheceu o papel significativo de Marina Silva na defesa das causas ambientais do país."

Produtores

O presidente da Famato (que representa agricultores e pecuaristas de MT), Rui Ottoni Prado, disse esperar que "seja indicado alguém com capacidade de discutir questão ambiental e desenvolvimento econômico de forma integrada".

O presidente da Associação dos Produtores de Soja de MT, Gláuber Silveira, chamou a saída de "providencial".  "Ela vinha prejudicando a imagem do Brasil no exterior, ao divulgar dados errados sobre o desmatamento."  O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte, José Eduardo Pinto, disse que a notícia traz "esperança".  O governador Blairo Maggi (PR-MT), que defendeu o desmatamento legalizado para enfrentar a crise global de alimentos, não quis se pronunciar.

(Folha de S.Paulo, FGV, 14/05/2008)




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