O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) avaliou, em nota, que o fato da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ter pedido, hoje, seu desligamento do ministério é mais uma evidência de que "o governo Lula está em dívida com o povo brasileiro, com os movimentos sociais e ambientalistas em relação à sua política ambiental". Na nota, o MST enumerou diversas ações governamentais que, segundo o movimento, demonstram claramente o apoio do governo às iniciativas desenvolvimentistas, principalmente ligadas ao agronegócio, em detrimento do apoio a preservação do meio ambiente.
Entre outras ações, o MST destacou: a aprovação de variedades de milho transgênico; a liberação de uma série de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), especialmente hidrelétricas; e a aprovação da MP-422, que legaliza a grilagem de terras na Amazônia em propriedades controladas de forma irregular até 1.500 hectares, quando a Constituição Federal determinada apenas até 100 hectares.
O MST ressaltou ainda que as linhas da política para as florestas brasileiras não são claras e, com isso, diversos setores têm duvidas sobre sua eficácia, avaliando que algumas iniciativas podem contribuir para a desnacionalização e privatização de um patrimônio do povo brasileiro e da nação.
(Agência Estado,
Amazonia.org.br, 15/05/2008)