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mst
2008-05-14

Da tribuna da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, o deputado Dionilso Marcon (PT) registrou na tarde desta terça-feira (13/05), sua indignação e revolta contra a humilhação sofrida pelos sem-terra na quinta-feira (09/05), durante a execução do mandado judicial de busca e apreensão na Fazenda São Paulo II, em São Gabriel. Na ocasião, Marcon e o deputado federal Adão Pretto (PT) deslocaram-se ao local para acompanhar a decisão da justiça. No entanto, quando estavam a cerca de três quilômetros da área, foram barrados e agredidos por fazendeiros que lá se encontravam. Os dois deputados foram impedidos de exercer seus mandatos.

Marcon quer saber quanto o governo Yeda Crusius gastou na operação que envolveu cerca de 1.200 policiais, pagamento de diárias, gastos com transportes e helicópteros. Também quer informações sobre as cidades de procedência dos brigadianos que lá atuaram.

O deputado petista disse que os sem-terra foram humilhados e obrigados a ficar sentados com as mãos na cabeça e flexionados por cerca de cinco horas. Eles também tiveram de apresentar documentos aos policiais e carteiras e não receberam seu dinheiro de volta. Também foram apreendidas ferramentas de trabalho e a polícia decretou a prisão de trabalhadores. Um sem-terra contou para o deputado Adão Pretto que os policiais levaram até mesmo a uma velha garrafa térmica de chimarrão. Marcon relatou que a BM colocou terra nas panelas com comidas e recolheu mantimentos dos trabalhadores como feijão, arroz e açúcar. “Lá se criou um campo de concentração”, repudiou.

Na véspera da revista, Marcon manteve audiências com o chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, e com o Secretario estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, João Carlos Fagundes Machado. “Não conseguimos uma solução negociada”, frisou, acrescentando: “pedi para, no mínimo, exercer meu mandato e acompanhar a revista. A meia-noite, uma ligação do chefe da Casa Civil garantiu que eu teria segurança para me deslocar ao local. A garantia foi confirmada pelo chefe de gabinete da presidência da Assembléia. No entanto, às 8h30 fomos barrados a três quilômetros da área. Mais de 30 fazendeiros cercaram a nossa caminhonete e por pouco não retiraram o deputado Pretto de dentro do veículo que nos transportava. A situação tornava-se cada vez mais tensa. Gostaria que esta Casa tivesse a mesma atitude da Câmara Federal, que enviou a Polícia Federal para lhe acompanhar e preservar a sua integridade física”, salientou Marcon.

A ordem judicial decorreu da denúncia do proprietário da Fazenda Southal de que integrantes do Movimento Sem Terra teriam furtado objetos de sua propriedade, ocupada no dia 14 de abril e desocupada quatro dias depois por ordem do juiz da 1ª Vara Cível de São Gabriel, Eduardo Pontes. Os sem-terra repudiaram a acusação e deixaram a fazenda depois de aceitar condições como a garantia de que não seriam revistados e tampouco identificados, o que a polícia acabou fazendo na quinta-feira (08/05). “Precisamos discutir seriamente a segurança pública aqui no estado e o fim da violência contra os movimentos sociais”, concluiu Marcon.

No dia da revista, o líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, deputado Raul Pont, e os deputados Adão Villaverde e Stela Farias foram à Casa Civil para pedir garantias à integridade física dos deputados Pretto e Dionilso. Eles também contaram com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alceu Moreira, com o secretário da Segurança Pública, José Francisco Mallmann e com o ministro Tarso Genro.
 
(Por Stella Máris Valenzuela, Agência de Notícias AL-RS, 13/05/2008)


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