As províncias argentinas próximas ao vulcão chileno Chaitén, que entrou em erupção em 2 de maio, se mantêm em alerta diante da possibilidade de novos movimentos e preparam um plano de contingência. A cidade de Esquel, na província de Chubut, oeste da Argentina, é a mais próxima do vulcão chileno e hoje anunciou um plano de emergência que inclui três estágios diferentes para o caso de o Chaitén voltar a causar chuvas de cinzas. Sobre o possível alerta está prevista a evacuação de bairros periféricos, assim como advertências à população por meio da imprensa e das sirenes de bombeiros e policiais.
Segundo meios de comunicação locais, o alerta verde, primeira etapa do plano, seria disparado durante uma erupção violenta do vulcão. As autoridades recomendam que, nesse caso, os cidadãos locais acompanhem indicações por meio do rádio, não saiam de suas casas, limpem os tetos, economizem água e se abasteçam com velas e baterias para o caso de cortes de energia elétrica.
Já o nível de alerta amarelo é para o caso de "queda de cinzas em quantidades incomuns", e o último, o vermelho, seria ativado em caso de "acumulação de quantidades críticas de cinza". Por causa da persistente chuva de cinzas que cai sobre a região há mais de dez dias, entidades rurais de Chubut recomendaram hoje aos criadores de gado que vendam seus bois devido a um possível aumento da espessura das camadas de cinza.
Ricardo Pereira, administrador do Parque Nacional Los Alerces, que abrange uma extensão de 263 mil hectares e está situado no oeste de Chubut, na região andina e sobre o limite internacional com o Chile, não se mostrou muito preocupado com as conseqüências ambientais da erupção. "Agora é necessário se concentrar na população rural, fazer com que chegue água e se preocupar com o gado, mas não haverá grandes problemas ambientais, embora as cinzas agora" nos atrapalhem muito, assegurou à agência Efe.
(EFE, Terra, 13/05/2008)