Os europeus estão cada vez mais reticentes em seu apoio à produção de biocombustíveis. Na terça (06/05), foi a vez do Comissário de Meio Ambiente da União Européia, Stavros Dimas, durante uma palestra em Atenas, Grecia, lançar dúvidas sobre os carburantes vegetais. Segundo ele, os membros do bloco estão surpresos com os efeitos adversos da cadeia produtiva que, em alguns casos, notadamente o do milho americano, estão produzindo mais emissões de gases que ampliam o efeito estufa do que reduzindo os nefastos efeitos do aquecimento global.
Dimas afirmou que não haverá outra forma senão criar critérios de "sustentabilidade ambiental e social" para a cadeia produtiva dos biocombustíveis, em todo o mundo. Um grupo de trabalho da Comissão Européia está empenhado, segundo ele, para estabelecer a todo vapor regras tanto para empresas européias quanto para a importação.
Faz quem quer
E por falar em importação, Dimas também revelou que tem defendido pessoalmente a suspensão da diretiva européia que obriga os paises do bloco a terem 5,75% de biocombustíveis em seu consumo de carburantes. A opção, segundo ele de produzir ou importar, deve ser tomada por cada pais. O pessoal da União da Industria de Cana de Açúcar (Unica) não gostará nem um pouco do fato, se a sugestão de Dimas for realmente adotada.
(O Eco, 06/05/2008)