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pesquisas científicas cnpq
2008-05-13

Dentre os novos programas que deverão ser lançados em breve pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, existe um que deverá ser o herdeiro do antigo Instituto do Milênio. “Trata-se de um programa voltado a pesquisas de temas que exigem laboratórios mais complexos e diferenciados. Geralmente esses laboratórios se associam em rede com outros, têm um financiamento maior e mais estável e se dedicam à pesquisa de ponta”, explicou o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o professor Marco Antonio Zago, que é docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

O anúncio ocorreu na tarde desta segunda-feira (12/05), na Reitoria da USP, durante o encontro que reuniu o presidente do CNPq com a reitora Suely Vilela, o vice-reitor Franco Maria Lajolo, os pró-reitores, dirigentes de Unidades e membros das Comissões Centrais de Pesquisa, Pós-Graduação e de Cultura e Extensão Universitária da USP. Segundo Zago, esse programa deverá ter o nome de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia.

O projeto faz parte dos novos programas do CNPq que serão lançados em breve pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende. “Além da pesquisa, esses Institutos deverão se dedicar também à formação de recursos humanos, e à transferência de conhecimento para a sociedade, por meio de empresas públicas e privadas, e para a população, por meio de atividades educativas”, afirmou o professor Zago.

Marco Antonio Zago falou sobre o CNPq na sala do Conselho Universitário da USP. Ele expôs a respeito do crescimento da pesquisa no Brasil nas últimas décadas; fez comparativos da produção científica brasileira com outros países; mostrou dados referentes à concessão de bolsas pelo CNPq e detalhou alguns projetos realizados, entre outras apresentações. Após a exposição, os participantes do encontro puderam fazer perguntas ao presidente do CNPq.

Ciência e competitividade

Durante a exposição, Zago destacou as áreas do conhecimento onde ocorre o maior número de publicações no Brasil, respectivamente: medicina, agricultura, física e astronomia, bioquímica e genética, engenharia, química, ciências de materiais e imunologia e microbiologia. Já na China, o maior número de publicações acontece nas áreas de engenharia, física e astronomia, ciência de materiais, química, medicina, bioquímica e genética e ciências da computação.

Para o professor Zago, essa diferença nas áreas de publicação nos dois países deve ser levada em consideração por todos os envolvidos com a ciência brasileira. “Se quisermos usar a ciência e a tecnologia para o desenvolvimento do País, devemos levar em conta quais são as áreas do conhecimento que os países competidores do Brasil estão investindo”, ressaltou.

Zago lembrou que houve uma expansão no número de bolsas de pós-graduação fornecidas pelo CNPq, que concede bolsas de pós dentro de um programa de cotas. “Além disso, houve um aumento de 1300 bolsas novas. Prioritariamente essas bolsas foram para as áreas experimentais da física, matemática, engenharias, saúde, segurança.”

Também foi comentado o Plano Nacional de Pós-Doutorado que o CNPq está oferecendo em conjunto com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “É um programa que atende aos pesquisadores por meio de concessão de bolsas de cinco anos de duração e que pode ser vinculado a um curso de pós-graduação, ou a um grupo de pesquisa / pesquisadores ou a empresas. Esse edital já foi encerrado. São cerca de duas mil propostas que estão em julgamento”, contou Zago.

A reitora Suely Vilela considera esse programa estratégico e fundamental. “Seria muito produtivo se a USP adotasse mais de um pós-doc por laboratório. Porque trata-se de um jovem talento que efetivamente está pronto para orientar alunos de iniciação científica, de mestrado e de doutorado e pronto também para produzir conhecimento. Isso agregaria muito valor para a Universidade”, comentou.

Segundo Suely Vilela, a dinâmica de um Laboratório que tem um pesquisador pós-doc é bastante diferente daquele que não tem. “Por experiência própria eu sei que a dinâmica é outra. O grande diferencial é que esse pesquisador acaba gerando uma maior discussão para todos os alunos do laboratório. Ele fica 40 horas disponível para os alunos de iniciação científica, mestrandos e doutorandos, além de também desenvolver um projeto de pesquisa próprio”.

Iniciação Científica

Outro destaque apontado pelo professor Marco Antonio Zago está relacionado à iniciação científica. O CNPq oferece cerca de 20 mil bolsas desse tipo em todo o Brasil. No total, somando-se os benefícios concedidos por outras agências de fomento, chega-se a um número de cerca de 75 mil jovens em todo o Brasil fazendo iniciação científica.

“Eu penso que esses programas deveriam ser obrigatórios como atividade da grade curricular, mas não com o objetivo de formar cientistas, e sim visando o papel educativo que as universidades têm de estimular a pesquisa, a discussão, a criatividade dos estudantes”, disse. “As bolsas poderiam ser oferecidas como prêmio aos mais dedicados”, frisou.

A reitora Suely Vilela lembrou que durante a sua gestão foi lançado o programa USP de Iniciação Científica em que foram concedidas 1500 bolsas para os alunos. “A formação empreendedora passa necessariamente por um programa de iniciação científica. É por meio dela que vai ser despertado o raciocínio independente e a criatividade do estudante. A Universidade precisa formar empreendedores porque é esse profissional que vai sobreviver nesta sociedade globalizada e do conhecimento”, comentou.

Próximos encontros

O encontro com o presidente do CNPq faz parte de uma iniciativa da Reitoria da Universidade. “Como administradores da USP, nós entendemos que devemos trazer para os colegiados aquilo que está acontecendo nas áreas de ciência, tecnologia e educação para que possamos nos informar e então contribuir com políticas nestas áreas e adotar programas nesta direção”, comentou a reitora Suely Vilela.

Já foram realizados em 2008 encontros com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende. “Agora pretendemos trazer também o diretor científico da Fapesp [o professor da Unicamp Carlos Henrique de Brito Cruz] e o secretário de Estado de Desenvolvimento [Alberto Goldman]”, informa a reitora.
 
(Por Valéria Dias, Agência USP, 12/05/2008)


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