O Espírito Santo ficou de fora do Programa de Cisternas do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Segundo o edital publicado nesta sexta-feira (9), no Diário Oficial da União, só serão beneficiadas as comunidades que sofrem com a falta de água nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
Ao todo, o Estado possui 2,51% que não serão beneficiados com a construção de cisternas de placas de captação de água de chuva. Fazem parte desta porcentagem os municípios de São Mateus, Nova Venécia, Conceição da Barra, Pinheiros e Águia Branca.
Ao todo, o MDS, irá disponibilizar R$ 10 milhões para financiar as despesas com materiais para construção e mão-de-obra.
O semi-árido brasileiro se estende por uma área que abrange a maior parte de todos os estados da região Nordeste (86,48%), a região setentrional do estado de Minas Gerais (11,01%) e o norte do Espírito Santo (2,51%), ocupando uma área de 974.752 km².
Desde 2005 a Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA) busca renovar a assinatura do convênio com o governo para que sejam construídas mais cisternas no Estado. As áreas rurais dos municípios de São Mateus, Nova Venécia, Conceição da Barra, Pinheiros e Águia Branca, no norte, já chegaram a ser beneficiadas com a construção de 98 cisternas em 2004.
Com as cisternas, as comunidades que sofrem com a falta de água no Estado teriam a oportunidade de captar o líquido para cozinhar e beber. As cisternas captam a água que escorre dos telhados e que fica armazenada em um reservatório cilíndrico de cimento, com capacidade para 16 mil metros cúbicos.
Se beneficiadas, as famílias que sofrem com o problema da falta d´água no Estado não teriam mais que enfrentar longas caminhadas para buscar água. Representantes da ASA-ES foram procurados pra esclarecer a exclusão do Espírito Santo pelo MDS, mas ninguém foi encontrado até o fechamento desta edição.
Segundo as informações divulgadas pelo MDS, serão construídas seis mil cisternas de placas, beneficiando aproximadamente 33 mil pessoas.
(Por Flávia Bernardes,
Século Diário, 09/05/2008)