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ETEs aterros sanitários
2008-05-12

O Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep) lança oficialmente hoje a nova Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) da área de ampliação do atual aterro sanitário. Com a nova ETE a administração ganha fôlego de dois anos para encontrar o novo local de destino ao lixo da cidade.

A ETE faz parte do complexo do aterro de sete hectares, localizado na Zona Norte da cidade próximo ao canal Santa Bárbara e terá capacidade para receber cerca de 250 toneladas diárias de resíduos sólidos e domiciliares urbano, o que corresponde a sete mil toneladas/mês.

A nova estrutura será apresentada pelo diretor da autarquia, Ubiratan Anselmo, e pelo prefeito Fetter Júnior, acompanhados de engenheiros, em cerimônia marcada para as 11h na sede do Executivo.

Composição
A estrutura conta com uma base composta por 21 dutos para queima de gás, filtros, 2,5 quilômetros de drenos para a condução, tratamento do chorume e lagoa de contenção que se somará às duas já existentes. Chorume é o líquido escuro proveniente da decomposição do lixo, contendo alta carga poluidora que pode ocasionar diversos efeitos sobre o meio ambiente.

Logo abaixo da nova base, o chorume elaborado pelos resíduos será canalizado ao filtro anaeróbio de fluxo ascendente, onde fixa por cerca de 12 horas. Na seqüência segue para o filtro aeróbio repousando por dois dias. Cada filtragem responde pela redução de 60% da carga orgânica do líquido. Depois segue para a caixa de passagem até a lagoa facultativa local em que recebe o tratamento por mais 88 dias.

Aterro controlado de Pelotas existe desde 2003
Pelotas possui o aterro controlado desde 2003. Com a nova ETE o local terá condições de receber 250 toneladas de lixo domiciliar por dia. Aterro controlado é uma técnica de engenharia na qual os resíduos são dispostos no solo, cobertos diariamente com camadas de terra, ocupando o menor volume possível, através da compactação deste material, tratando os efluentes gerados.

Existem três tipos de lixo: o domiciliar (produzido em casa e recolhido pelos lixeiros), o Resíduo de Serviço de Saúde - RSS (conhecido como hospitalar, oriundo de hospitais e postos de saúde ligados ao poder público) e a coleta seletiva (em escolas e condomínios). Os dois primeiros têm como destino final o aterro controlado. O outro vai para as indústrias que compram o material, através de leilão, para ser reaproveitado.

Com base na legislação, a coleta do RSS é feita pela autarquia somente do material produzido em órgãos vinculados ao poder público. Por este motivo são atendidos apenas o Pronto-Socorro de Pelotas (PSP), o Hemocentro e as Unidades Básicas de Saúde (UBS), popularmente chamadas de postos. Os outros hospitais, clínicas particulares e consultórios dentários são regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e fiscalizados pelo órgão municipal de Vigilância Sanitária. Neles a coleta é feita por empresas contratadas para realizar o serviço.

Coleta domiciliar
O Sanep envia diariamente cerca de cem caminhões de lixo domiciliar ao aterro controlado. O recolhimento é feito durante o dia e a noite, conforme a região. Ao todo são em torno de 230 toneladas de resíduos, que ao final de um mês chegam a quase 4,5 mil toneladas. Somado ao material não-domiciliar, oriundo da varrição das ruas, capina e podas de árvores (em torno de três mil toneladas/mês), o peso mensal pula para 7,5 mil toneladas.

Hospitalar
O destino dos RSS também é o aterro controlado, porém, depois de tratado. O material é retirado diariamente do PSP e do Hemocentro e em dias determinados, conforme a demanda, nas UBS distribuídas pelas zonas urbana e rural. O material é embalado em sacos brancos leitosos, de acordo com as normas ambientais, e enviado à unidade de autoclave (equipamento que desinfecta através de vapor saturado em altas pressões e vácuo, tornando-os inertes).

Este processo transforma o material infectado em resíduo comum, podendo ser direcionado para os aterros sanitários, junto com os demais resíduos. A operação é absolutamente limpa e sem risco de contaminação ambiental, sendo menos onerosa do que outros processos de tratamento existentes, como a incineração por exemplo. O ciclo completo do tratamento da máquina dura em torno de 35 a 40 minutos.

(Por Ivelise Alves Nunes, Diário Popular, 12/05/2008)


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