O Rio Grande do Sul depende da geração de energia hidrelétrica, com grande potencial ainda para empreendimentos com uso desse recurso, além das empreitadas já em andamento nessa área em diferentes pontos do Estado. Conforme o secretário executivo do Comitê de Energia do Estado, João Carlos Felix, dos atuais 2.970 megawatts (MW) de potência total de energia instalada, mais de 60% são oriundos de geração hidrelétrica.
Só no Complexo Energético Rio das Antas, na Serra, dois projetos entram em operação entre o final deste mês e o início de 2009. 'A usina Castro Alves, que já possui duas turbinas de 43,3 MW cada, terá a terceira, de mesma potência, a partir de 30 de maio. A usina 14 de Julho vai ter a primeira máquina em operação em dezembro e a segunda no começo do próximo ano', informou.
O complexo se situa entre Antônio Prado, Bento Gonçalves, Cotiporã, Flores da Cunha, Nova Pádua, Nova Roma do Sul e Veranópolis. Também integra o projeto a usina Monte Claro. As três usinas vão gerar 360 MW. Felix ainda observou que nesta semana se encerra o prazo do edital com chamada pública para seleção de projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Uma das exigências é que a interessada tenha outorga com autorização para implantar e explorar PCHs, com licença concedida pela Agência Nacional de Energia Elétrica até 30 de janeiro deste ano.
Somente uma PCH de 20 MW pode suprir a necessidade de uma cidade com 15 a 20 mil habitantes. Outro empreendimento em andamento é o da Usina Passo São João, da Eletrosul, que terá potência de 77 MW e está em construção no rio Ijuí, entre Roque Gonzales e Dezesseis de Novembro, no Noroeste gaúcho. O investimento de R$ 260 milhões tem previsão de operação comercial para 2010.
(Por Matheus fontella, Correio do Povo, 11/05/2008)