O administrador da Estação Ecológica (Esec) do Taim, Amauri de Sena Mota, disse estar satisfeito, porque, embora não tenham ocorrido precipitações consideráveis desde a ocorrência do incêndio, o solo na área afetada se manteve úmido para este estágio de crescimento. E também porque o cenário no local é bem melhor. 'O impacto visual de pós incêndio já não se tem mais. A beleza do banhado começa a reaparecer. O restante, é preciso esperar', enfatizou. Conforme explicou Mota, com a chegada do inverno, eleva-se a quantidade de chuvas e isso contribui para aumentar a recuperação da área. 'Hoje temos uma situação mais animadora', ressaltou.
Um motivo de tranqüilidade, de acordo com o administrador, é que boa parcela da fauna que utilizava o espaço queimado, na primavera já poderá usá-lo como local de reprodução. A recuperação da parte aérea já dará condições de serem feitos ninhos.
Na avaliação do biólogo Antônio Campelo, o resultado positivo verificado em apenas três meses deve se dar por causa do solo, que é muito rico em matéria orgânica em decomposição. Outro fator que contribui para a regeneração é que, mesmo sem lâmina d’água permanente, o solo encontra-se encharcado, o que faz as plantas se recuperarem bem mais rápido. O acompanhamento terá continuidade na área.
Em 90 dias, juncais mostram recuperação superior à esperada e atingem até 1,20 m de altura
(Correio do Povo, 11/05/2008)