O Rio de Janeiro não deve enfrentar nova epidemia de dengue em 2009, mas, se as ações de combate ao mosquito transmissor da doença não forem mantidas, o problema pode reaparecer em cerca de quatro anos. O alerta foi feito na sexta-feira (9) pelo infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Edmilson Migowski.
Segundo ele, como boa parte da população já teve contato com o vírus do tipo 2, que atualmente está em circulação no estado, em alguns anos o risco será maior para as crianças.
"Historicamente as epidemias têm intervalos de três, quatro ou cinco anos. As crianças que nascerem daqui para frente provavelmente serão as maiores vítimas porque não estarão imunes ao vírus em circulação, com o qual boa parte da população já teve contato. Por isso, não podemos relaxar. Governos e sociedade precisam continuar realizando o combate ao
mosquito", disse.
Com a redução do número de casos de dengue no estado, a Secretaria Estadual de Saúde fechou no fim da tarde de sexta-feira o segundo centro de hidratação, dos 17 montados em março para atender pacientes com a doença. A unidade desativada fica no Méier, bairro da zona norte da cidade, e chegou a atender 120 pacientes por dia. Nas últimas semanas, no entanto, esse número foi reduzido à metade e não houve mais procura no período noturno.
A secretaria informou ainda que, embora dois centros tenham sido desativados, um outro foi aberto em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde tem aumentado o número de casos de dengue.
De acordo com o último boletim divulgado na quarta-feira (7), desde o início do ano foram registrados 131.238 casos da doença. O mês de maior incidência foi março, com mais de 65.025 mil ocorrências. Em abril, o número diminuiu e foram registrados aproximadamente 24.862 casos. (Fonte: Agência Brasil)
(Ambiente Brasil, 10/05/2008)