O senador Augusto Botelho, que não pôde comparecer à sessão do Congresso desta quinta-feira (08/05), sobre o Ano Polar, afirmou que este é um evento "do mais alto significado científico", organizado pelo Conselho Internacional para a Ciência e pela Organização Meteorológica Mundial, que envolve mais de 200 projetos, com milhares de cientistas de mais de 60 países.
Embora esta seja a quarta edição do Ano Polar Internacional, é a primeira vez que o Brasil participa do programa, que ocorreu nos biênios de 1882/83, 1932/33 e 1957/58.
Augusto Botelho informou que, para acompanhar e apoiar as ações que estão sendo desenvolvidas durante o Ano Polar, o Ministério de Ciência e Tecnologia já disponibilizou R$ 9,2 milhões e está implantando o Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (Conapa). Estatística do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indica que pesquisadores brasileiros já apresentaram cerca de 40 projetos, nas mais diversas áreas, a serem analisados pelo Conselho de Pesquisas Antárticas.
Para o senador, a participação brasileira só se tornou possível graças às pesquisas que o país vem desenvolvendo na Antártica nos últimos 25 anos, por intermédio do Proantar.
- Sempre que leio sobre o Proantar e vejo fotografias e filmes do Continente Gelado, aumenta o meu orgulho de ser brasileiro! Afinal, são gigantescas as dificuldades para explorar aquela região do globo - disse o senador.
Em 25 anos de existência, o Proantar financiou mais de 600 projetos de pesquisa tocados por cerca de 140 equipes de pesquisadores que se sucederam, ao longo desse período, em diversas expedições científicas. Como resultado, cerca de 1.400 trabalhos científicos foram registrados.
Para aqueles que pensam que as pesquisas realizadas na Antártica possuem apenas finalidades acadêmicas ou científicas, sem nenhum resultado prático para o cidadão comum, o senador lembrou que, graças a essas pesquisas, é possível, por exemplo, melhorar a previsão do tempo no Brasil.
- Isso é essencial se quisermos aumentar nossa produtividade agrícola e diminuir o custo social de desastres climáticos - enfatizou.
(Por Nelson Oliveira, Agência Senado, 08/05/2008)