Os membros da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) devem excluir as monoculturas de árvores da definição de florestas. Também devem suprimir "qualquer tipo de apoio político, técnico e financeiro às monoculturas para agrocombustíveis, devido ao seu impacto direto na biodiversidade e na soberania alimentar".
E ainda, proibir "a liberação das árvores transgênicas e o uso da tecnologia 'terminator". As exigências são relacionadas em uma carta, parte de uma campanha internacional contra as monoculturas de árvores e as árvores transgênicas, que os capixabas estão sendo chamados a assinar.
A carta só pode ser assinada até o dia 13 próximo, pois será entregue na 9ª Conferência das Partes da CDB em Bonn, nos dias 19 a 30 próximos.
As árvores transgênicas ameaçam as espécies nativas. Já as sementes denominadas "terminator" são modificadas geneticamente, e geram plantas estéreis, incapazes de produzir novas sementes, mas são mais resistentes a mudanças climáticas e a certos tipos de agrotóxicos.
A campanha internacional está sendo conduzida pela ONG World Rainforest Movement (WRM), cuja secretaria internacional é no Uruguai. A mobilização dos capixabas é feita pela Rede Alerta Contra o Deserto Verde.
O WRM lembra que tem distribuído amplamente a carta levada à
conferência de Roma . E que o novo documento também será distribuído "durante a próxima conferência: uma mensagem clara para a CDB contra a expansão das monoculturas, agrocombustíveis e árvores transgênicas".
O órgão pede que o apoio seja enviado para o e-mail anafili@wrm.org.uy, e que seja incluído o nome de organização da qual o signatário faz parte e o país da sede.
O WRM informa ainda que "se desejarem que sua organização apareça como parte da 'Campanha Parar as Árvores Transgênicas' enviem uma mensagem para info@globaljusticeecology.org. O endereço do WRM e http://www.wrm.org.uy. A mensagem é assinada por Ricardo Carrere e Ana Filippini.
(Por Ubervalter Coimbra,
Século Diário, 07/05/2008)