A Braskem aproveitará o bom momento brasileiro no mercado financeiro para refinanciar a custos mais baixos o empréstimo-ponte de 1,2 bilhão de dólares que permitiu a compra da Ipiranga. A empresa estuda uma emissão de bônus, de 300 a 400 milhões de dólares, e uma operação lastreada em receitas de exportação, para captar entre 700 e 800 milhões de dólares. Segundo o diretor financeiro Carlos Fadigas, elas devem ser concluídas em até quatro meses.
A Braskem também pretende iniciar uma negociação com a Petrobras para adquirir nafta em condições mais vantajosas, lançando mão da condição de principal cliente da estatal, depois da BR Distribuidora: a empresa compra 7 bilhões de dólares anuais em matéria-prima. Conforme o presidente José Carlos Grubisich, a estatal precisa levar em conta o novo perfil da Braskem e o cenário positivo do país – e da Petrobras –, deflagrado pelas descobertas de megarreservas e do sucesso dos biocombustíveis.
Situação difícil
Apesar de o aumento nos combustíveis aliviar as contas da Refinaria Ipiranga, Fadigas não mostra muito entusiasmo ao falar da empresa de Rio Grande. Segundo ele, a situação da refinaria ainda exige muitos esforços para que alcance algum tipo de resultado. Alternativas de novos produtos estão em estudo pelos controladores.
(Correio do Povo, 08/05/2008)