A construção dos 220 apartamentos do Residencial Getúlio Vargas 1 - que abrigarão as famílias atingidas pela expansão portuária daquele bairro - não atraiu o interesse de nenhuma construtora.
A obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), orçada em R$ 22 milhões, segundo o secretário municipal de Coordenação e Planejamento, Paulo Cuchiara, oferece um valor muito baixo para cada metro quadrado construído, ocasionando a mesma situação em outras cidades como Porto Alegre e Pelotas. "As empresas que atuam neste tipo de empreendimento são as mesmas responsáveis pela construção das unidades do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), que paga mais pelo metro quadrado construído. O ideal é que a Caixa Econômica Federal elevasse este valor, que hoje está em R$ 21,6 mil para cada unidade habitacional", explica.
Assim, a Prefeitura Municipal reabriu o processo de licitação para a obra, que precisa ser iniciada até o dia 30 de junho. Caso contrário, o empreendimento só poderá sair do papel após as eleições municipais. "Além da publicação do edital, estamos telefonando para as construtoras, alertando que o edital prevê somente a construção destes primeiros apartamentos. No entanto, outras 626 unidades ainda serão construídas com os recursos do PAC e, com a implantação do canteiro de obras para este primeiro empreendimento, os custos tendem a diminuir", alega o secretário.
Cuchiara diz também que está solicitando à CEF a realização de uma videoconferência juntamente com o Ministério das Cidades e a Casa Civil, para que o Executivo possa explanar o problema encontrado, para dar início à construção.
(Por Mônica Caldeira, Jornal Agora, 08/05/2008)