Seis dias após a passagem do ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul, 12 municípios gaúchos já decretaram situação de emergência devido aos danos causados por fortes ventos, chuva intensa e transbordo de rios. Ontem (07), a elevação das águas do Rio dos Sinos impediu que centenas de gaúchos voltassem a suas casas. O número de desalojados (em casa de parentes e amigos) soma 1.500 pessoas somente em São Leopoldo. Estimativas apontam que outros 500 gaúchos permanecem desabrigados em decorrência dos efeitos do fenômeno climático, que afetou centenas de famílias desde o último sábado.
Segundo o subchefe da Defesa Civil, tenente-coronel Joel Prates, um dos casos mais preocupantes foi registrado no município de Taquara. Graves conseqüências também foram registradas nos municípios de Sapiranga, Campo Bom, Novo Hamburgo e São Leopoldo.
A situação é complicada também em Maquiné, onde metade dos moradores ainda estava isolada ontem devido à destruição de estradas, pontes e acesso ao município durante o ciclone. Segundo o prefeito Pedro Nicolau, o maior esforço está concentrado no auxílio aos desabrigados, com a doação de agasalhos e alimentos. Até ontem, a Defesa Civil do Estado e o Comitê de Ação Solidária já haviam distribuído um volume de 900 cestas básicas, 500 colchões e 3,5 mil peças de roupas.
Quanto à elevação do nível do Guaíba nos últimos dias, Prates acredita que a situação deve se normalizar. Na última terça-feira, o nível medido era de 1,22m. Ontem, a medição baixou para 1,08m.
(Correio do Povo, 08/05/2008)