Passou a valer a partir desta quarta-feira (07) a nova estrutura administrativa da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). No dia 30 de Abril, os acionistas da empresa, que tem como principal proprietário o governo estadual, aprovaram em assembléia as alterações propostas pela diretoria e pela Secretaria da Habitação e do Desenvolvimento Urbano.
Ao todo, foram feitas quatro mudanças importantes na administração da Corsan. De acordo com o presidente, Mário Freitas, a extinção dos cargos de superintendente regional e superintendente regional adjunto é uma das alterações que trará mais impacto, pois agora os diretores dos departamentos regionais terão mais poder de decisão. Os 18 trabalhadores que ocupavam os cargos de chefia nas nove regionais da Corsan serão realocados para outras funções.
"Antigamente, tinha o superintendente regional para a gente ainda chegar na Presidência. Estamos vinculando essas áreas diretamente aos diretores, de tal maneira que os diretores se aproximaram da ponta do sistema", diz.
A idéia da reestruturação, diz Mário, é conferir mais rapidez aos serviços prestados pela Corsan, otimizando o tempo e reduzindo diretorias intermediárias. Para isso, a direção da companhia e a Secretaria da Habitação e do Desenvolvimento Urbano estudaram por quatro meses as mudanças, tendo como exemplo as reestruturações das estatais de água e esgoto de São Paulo, a Sabesp, e de Minas Gerais, a Copasa.
Na nova estrutura da Corsan, todas as unidades de saneamento estão vinculadas à Diretoria de Operação, que encaminhará os trabalhadores para os serviços de manutenção dos sistemas de abastecimento de água e de tratamento de esgoto. As diretorias de Administração e de Finanças foram unidas e formam uma nova diretoria, a Técnica, que irá criar um padrão único de operação e de manutenção para todas as áreas da Corsan. Por último, os processos que tramitam na companhia serão concentrados em única diretoria, para que sejam resolvidos mais rapidamente.
Apesar da nova estrutura da Corsan entrar em funcionamento nesta quarta-feira, os funcionários não estavam a par das mudanças. Procurado pela reportagem, o presidente do Sindiágua, Rui Porto, afirmou que os funcionários não participaram, em nenhum momento, das discussões sobre as mudanças na empresa.
“Criticamos o fato de ter se dado em gabinete fechado, de não ter aproveitado o caldo de cultura dos funcionários, que estão há mais de 30 anos na empresa, um conhecimento enorme sobre o saneamento do Rio Grande do Sul”, argumenta. O presidente da Corsan, Mário Freitas, afirmou que apenas os superintendentes regionais e adjuntos estavam participando dos estudos. Ele afirmou que, agora com a implementação das mudanças, a direção irá divulgar a nova estrutura para os funcionários.
(Por Raquel Casiraghi, Agência Chasque, 07/05/2008)