Uma rede de esgoto impedirá que novos resíduos domésticos sejam depositados na água
Bento Gonçalves - O projeto para despoluição do Lago Fasolo vai, finalmente, sair do papel. No dia 29 de abril, a prefeitura abriu a licitação a empresas interessadas em executar o trabalho. O prazo dessa etapa é de 15 a 20 dias. Depois, a estimativa é de que o trabalho seja concluído em 60 dias a partir do início das obras. Além disso, uma rede de esgoto será instalada para que os resíduos domésticos não sejam mais depositados na água.
A despoluição só será possível porque as empresas proprietárias da área, o Curtume Fasolo (extinto) e o Frigorífico Gasperin, autorizaram o serviço. Como o terreno é particular, a prefeitura não poderia investir dinheiro público na melhoria sem concordância das empresas.
O investimento será de R$ 42 mil O poder público tem R$ 100 mil assegurados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) desde 2006, tanto para a despoluição quanto para a construção da caixa coletora.
- O pessoal conseguiu reduzir o custo, mas temos esse recurso assegurado pela LDO caso outra situação seja encontrada no fundo do lago. As empresas deram liberdade para o município usar a área, e podemos negociar com elas a troca da área por índices construtivos - justifica o secretário do Meio Ambiente de Bento, Volnei Tesser.
Para a despoluição, o primeiro passo é retirar o lodo e os entulhos do lago, que ocupa uma área de 26,5 mil metros quadrados. Para isso, ele será esvaziado ou ficará com água a 30 ou 40 centímetros de profundidade. Depois, será feita a limpeza na canalização e a construção da rede. Os resíduos retirados terão como destino provável uma área da sede da Secretaria de Obras, na Linha Salgado.
Desde 2004, um inquérito tramita no Ministério Público a pedido de moradores do bairro Progresso, vizinhos ao lago, insatisfeitos com o mau cheiro do esgoto doméstico.
Em outubro do mesmo ano, um cano de esgoto que desembocava na água foi desviado.
(Pioneiro, 08/05/2008)