O Tratado da Antártica tornou o continente "uma reserva natural dedicada à paz e à ciência". Foi o que disse o senador Augusto Botelho (PT-RR), durante o seminário "O Continente Antártico e sua Influência nas Mudanças Climáticas Globais", que teve início nesta quarta-feira (07/05), no Senado. O Tratado da Antártica, em vigor desde 1961, garantiu a liberdade de pesquisas científicas no continente e destinou a região a fins pacíficos.
Augusto Botelho que é integrante da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), disse que o seminário, promovido em conjunto pelo Senado e pela Marinha do Brasil, é uma grande oportunidade para discutir temas atuais e importantes, não apenas para o Brasil, mas também para o mundo.
- Mais uma vez, o Senado Federal dá o exemplo ao país, procurando ouvir especialistas em assuntos de inquestionável relevo e disseminando essa informação por toda a rede que compõe o Sistema Interlegis - disse o senador.
O seminário integra as comemorações do 4º Ano Polar Internacional, que objetiva promover o intercâmbio entre pesquisadores dos diversos países que mantêm base de estudos na Antártica
O geólogo Antônio Carlos Rocha Campos, do Instituto de Geociência da Universidade de São Paulo (USP), apontou uma "sensível queda" no interesse das nações internacionais pelo continente Antártico, após a oficialização do Protocolo de Proteção Ambiental para o Tratado da Antártica, de 1998. O documento, mais conhecido por Protocolo de Madri, limita a exploração de recursos minerais a pesquisas científicas, proibindo atividades econômicas.
Antônio Carlos Rocha Campos fez um relato dos minérios encontrados no continente Antártico e, em seguida, o professor Luiz Pierantoni Gamboa, que atualmente é consultor técnico da Petrobras, falou sobre os recursos energéticos encontrados na Antártica, com destaque para o petróleo. Segundo o especialista, há indícios de que haja no continente carvão, ferro e platina.
O seminário está sendo realizado no auditório Antônio Carlos Magalhães, no Interlegis.
(Agência Senado, 07/05/2008)