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antártida / antártica riscos climáticos
2008-05-08

Como parte das comemorações ao 4º Ano Polar Internacional, começou na manhã desta quarta-feira (07/05) o seminário "O Continente Antártico e sua Influência nas Mudanças Climáticas Globais". O presidente do Senado, senador Garibaldi Alves Filho, o senador Renato Casagrande (PSB-ES), relator da Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas, e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), presidente da Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar) participaram da abertura do evento.

Renato Casagrande destacou a importância de um intercâmbio de conhecimento entre pesquisadores, o parlamento e a sociedade porque, assim, "gera uma popularização do entendimento sobre o continente antártico, que ainda é pequeno entre os brasileiros". O senador, ainda na ocasião, elogiou o empenho da Marinha brasileira nos trabalhos de pesquisa e acompanhamento da Estação Antártica Comandante Ferraz. Em dezembro de 2007, Renato Casagrande participou de uma expedição oficial para acompanhar o trabalho desenvolvido na Estação Comandante Ferraz - sede das atividades brasileiras do Proantar.

- Atualmente tem-se o aquecimento do planeta, mas, em contrapartida, o esfriamento da consciência. Foi assim que Cristovam Buarque chamou a atenção dos presentes no seminário para a falta da devida importância às causas das mudanças climáticas globais. Para ele, não tem como proteger o meio ambiente sem mudar o atual modelo de vida humano, que visa prioritariamente o crescimento de demanda de bens de consumo - como automóveis - sem priorizar a preservação ambiental - ressaltou o senador.

Casagrande considera o Proantar fundamental para "aquecer a consciência" dos brasileiros e disse acreditar que, com esse programa, o Brasil mostra para o mundo que suas forças armadas e equipes de cientistas trabalham na Antártica a fim de combater o aquecimento global e preservar o continente antártico.

Na solenidade de abertura, estiveram presentes também o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia; a deputada Maria Helena, vice-presidente da Frente Parlamentar Mista em Apoio ao Proantar; Luiz Antonio Rodrigues Elias, secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia; e o contra-almirante Francisco Carlos Ortiz, secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar.

Palestras

No primeiro painel de palestras do seminário, os pesquisadores Jefferson Simões, Carlos Garcia, Ilana Wainer e Alberto Setzer apresentaram vários estudos e projetos que focam o funcionamento da geografia e do ecossistema antártico e sua influência no equilíbrio ambiental mundial, sobretudo no sul da América Latina.

O geólogo e glaciologista Jefferson Simões explicou as técnicas usadas pelos pesquisadores para estudar como era o clima naquela região há milhões de anos. A partir de cilindros de gelo extraídos da Antártica - chamados também de testemunhos de neve e gelo - detectou-se que a concentração de CO2 na atmosfera aumentou vertiginosamente a partir de 1950.

Carlos Garcia, doutor em oceanografia física, pela University of Southampton destacou, dentre outras coisas, a importância das correntes oceânicas para o enriquecimento de nutrientes, nas águas próximas da América do Sul, que são essenciais para microalgas, as quais, além de serem base da cadeia alimentar marinha, ajudam a seqüestrar gás carbônico da atmosfera.

Ilana Wainer explicou que os oceanos absorvem em torno de 90% do calor retido na Terra - o restante a atmosfera absorve. Além disso, o gelo existente da Antártica reflete expressiva parte da radiação solar que incide na região. Com o aumento do aquecimento global, há o derretimento de blocos de gelo, e conseqüentemente, há um aumento da temperatura da água dos oceanos que acaba absorvendo o calor que não foi refletido pelo gelo. Com isso, o nível das águas oceânicas aumenta, causando desequilíbrio ambiental de alcance mundial.

Alberto Setzer, doutor em engenharia ambiental e pesquisador do INPE de São José dos Campos (SP), explicou alguns efeitos ambientais imediatos que acontecem na região sul americana, especialmente na costa litorânea brasileira, com o aumento do aquecimento das águas da Antártica.

O Ano Polar Internacional reúne um conjunto de ações científicas no Ártico e na Antártica. O programa, que neste ano teve a primeira participação do Brasil, envolve mais de 200 projetos, com milhares de cientistas de mais de 60 países que analisam uma série de tópicos nas áreas da física, biologia e pesquisa social.

(Agência Senado, 07/05/2008)


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