Chefes de governos de países da América Central, do Caribe e da Venezuela se reúnem a partir de hoje para tratar do assunto que mais se vem discutindo nas últimas semanas: a crise alimentar. A Cúpula Presidencial de Soberania e Segurança Alimentar acontece em Manágua, Nicarágua.
O país é um exemplo claro sobre os possíveis efeitos negativos gerados por uma aguda crise na produção e acesso a alimentos. Segundo dados da ONU, em um ano o preço da tortilha chegou a aumentar em 54%. Na Guatemala, o alimento também teve um aumento em 17%. Na América Central, torna-se cada vez mais preocupante a alta do preço de alimentos básicos como o feijão e o milho, que já teve alta de 100%.
Situada na região caribenha, Cuba também se mostra preocupada com a produção de grãos e destinação de campos férteis para serem empregados na fabricação de combustíveis - o que representa uma séria ameaça à soberania alimentar.
Diante deste panorama, os mandatários querem chegar a algumas conclusões e fazer encaminhamentos que possam impedir o avanço da crise, que já vem atingindo a diversos países e - segundo enfatizam diferentes relatórios - tende a aumentar, caso não se adotem providências imediatas.
Uma das propostas a ser levada adiante é a que trata de mecanismos que garantam o fomento à produção dos grãos básicos, com emprego de recursos financeiros e cooperação entre os países envolvidos. Nesse ponto, há atenção especial para os países que possuem população com poucos recursos econômicos.
(Adital, 07/05/2008)