A estatal diz que pretende melhorar atendimento a usuários
Com o objetivo de tornar mais rápidos os serviços para 7 milhões de gaúchos atendidos pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), a estatal remodelou a sua estrutura, extinguiu funções gratificadas e remanejou servidores. As mudanças começam a valer hoje (07).
Ao reduzir a burocracia, a companhia segue a determinação da governadora Yeda Crusius de modificar processos. As diretorias administrativa e financeira foram fundidas para evitar sobreposição de tarefas. O diretor-presidente da Corsan, Mário Freitas, repassou responsabilidades para a diretoria, com o objetivo de desafogar seu gabinete. Uma diretoria técnica também foi criada para profissionalizar o trabalho da empresa.
Foram extintos nove cargos de superintendentes regionais e outros nove adjuntos, o que gerará economia de pelo menos R$ 83 mil ao mês ou quase R$ 1 milhão ao ano. Cada um dos servidores que ocupavam os cargos extintos perdeu cerca de R$ 2,2 mil mensais de função gratificada e outros R$ 2 mil de verba de representação. Os funcionários assumiram outras funções na companhia. A idéia é que o trabalho da Corsan nas regiões tenha menos intermediários.
- Teremos mais pessoas com a responsabilidade de fazer o serviço e menos gente para pensar o que deve ser feito para solucionar o problema. Queremos que decisões e ações concretas sejam mais rápidas - relatou o secretário da Habitação e Saneamento, Marco Alba.
Outra medida será a criação de uma auditoria interna, o que não existe hoje na Corsan. Quem faz o controle externo da empresa é o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Até o final de setembro, a companhia deve instalar também um call center para atender aos usuários do serviço. Está sendo estudado se servidores da companhia ou terceirizados receberão as ligações.
A mexida estrutural foi inspirada na experiência de outras empresas, como a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp-SP).
Principais mudanças
- Criação de uma diretoria técnica
- Fusão das diretorias administrativa e financeira
- Corte de nove cargos de superintendentes regionais e outros nove adjuntos, que tinham funções gratificadas (cerca de 13% do total de FGs)
- Redução de nove para seis coordenadorias comercial e operacional nas regiões
(Zero Hora, 07/05/2008)