Os tipos adequados de biocombustíveis devem ser promovidos para combater as mudanças climáticas, e não o etanol à base de milho (produzido principalmente nos Estados Unidos), que tem produtividade muito baixa, afirmou na terça-feira (6/05) o diretor do Programa da Organização da Nações Unidas (ONU) para o Meio Ambiente na Europa, Christophe Bouvier.
Planos para expandir a produção de biocombustível em muitas partes do mundo estão sendo examinados atentamente após a recente disparada dos preços dos alimentos e temores de que as duas indústrias possam estar competindo. "Acho que é uma questão de ter certeza de que os biocombustíveis corretos estejam sendo promovidos, e não outros", disse ele.
"Há casos, como a cana-de-açúcar, usada como matéria-prima na produção de etanol no Brasil, por exemplo, em que eles (combustíveis corretos), são parte da solução, desde que sejam produzidos corretamente, nos lugares certos e em um sistema sustentável de produção", declarou Bouvier.
Entretanto, ele criticou o uso de milho como matéria-prima, como ocorre nos Estados Unidos. "Acredito que haja uma preocupação de que o investimento e os compromissos em parte da produção de biocombustível em alguns casos não tenham ido para a direção correta." "Não sei se o milho está morto (como um biocombustível)...Mas certamente este é um dos exemplos em que você pode ver que a produtividade é muito baixa e há um potencial de competição com os alimentos," declarou. As informações são das agências de notícias internacionais.
(Estadão Online, Ambiente Brasil, 07/05/2008)