Começou ontem em Lima (Peru), a 9ª Reunião Regional de Autoridades Nacionais de Armas Químicas, da qual participam representantes de 19 países latino-americanos e caribenhos. O objetivo da reunião é estimular o desarme e a não proliferação desse tipo de armas, de extermínio massivo, no mundo. Nenhum dos países da região declarou ter armas químicas, segundo informação da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ). No Continente americano, inclusive, só os Estados Unidos declararam tê-las.
Mas 183 países, que abrigam 98% da população mundial, integram a OPAQ e 100% das instalações que eles disseram ter de armas químicas foram desativadas. Das instalações para produção de armas químicas, foram destruídas ou destinadas a fins pacíficos 65 das 61. Todo o arsenal de armas químicas dessas nações foi inventariado e um terço, de 8,6 milhões de munições, foi destruído. De acordo com a OPAQ, "verificou-se a destruição de cerca de um quarto dos arsenais mundiais declarados, que representam aproximadamente 71 mil toneladas métricas de agentes químicos".
Desde 1997, quando foi assinada por quase todos os países do mundo - com exceção de 7 - a Convenção sobre Armas Químicas, já foram realizadas mais de 3 mil inspeções, em 80 países membros da OPAQ, e outras 5.177 instalações estão sujeitas a inspeções. A Convenção vê o mundo livre de armas químicas, como "um mundo onde se promove a cooperação para o uso pacífico da química. Com ele pretendemos contribuir, de forma decisiva, para a segurança e estabilidade internacionais, o desarme geral e absoluto, e o desenvolvimento mundial".
As armas de destruição em massa "causam danos insuportáveis e persistentes em larga escala", disse a OPAQ. Alguns estados membros têm capacidade para proteger sua população, outros, não. Por isso, todos os estados membros se comprometeram a proteger e ajudar aos outros, que tenham sido ameaçados com armas químicas ou que tenham sido vítimas reais de ataques químicos. A OPAQ tem uma base de dados sobre mais de 2.800 compostos vinculados às armas químicas. Essas informações são fundamentais para as operações de verificação in situ dos grupos de inspeção e também estão à disposição dos estados membros.
(Adital, 06/05/2008)