A Coordenadoria Estadual da Defesa Civil anunciou, nesta segunda-feira (5) à tarde, que o número de desalojados em conseqüência dos ventos e chuvas provocados pelo ciclone extratropical que atingiu o Estado, neste final de semana, diminuiu de 3,5 mil para 3 mil. Os números abrangem Porto Alegre (principalmente a Zona Sul) e municípios da Região Metropolitana e do Litoral Norte, que são os locais onde a situação foi mais grave. Nessas regiões, 350 pessoas estão desabrigadas. Ao todo, foram afetadas 200 mil pessoas.
As precipitações (que chegaram a 190 milímetros na Região Metropolitana, nesse domingo, 4, e a 180mm em Caará) causaram chuvas em 378 dos 496 municípios gaúchos. Até o momento, sete decretaram estado de emergência. São eles Santo Antônio da Patrulha, Alvorada, Caará, Três Forquilhas, Itati, Tramandaí e Riozinho. Os ventos alcançaram entre 70 e 120 km/hora.
Os números atualizados e as ações que estão sendo desenvolvidas em benefício dos municípios foram divulgados em entrevista coletiva, pelo coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Edson Ferreira Alves, pelo subchefe estadual, tenente-coronel Joel Prates Pedroso, e pela presidente do Comitê de Ação Solidária do Governo do Estado, Tarsila Crusius. O Comitê de Ação Solidária (que já encaminhou mais de 1,5 mil peças de roupas e 300 colchões a desalojados), o Corpo de Bombeiros - vinculado à Brigada Militar (BM) - e as prefeituras são parceiros da Defesa Civil na execução dos trabalhos.
Assistência
De acordo com o coronel Ferreira Alves, este foi um dos maiores fenômenos climáticos ocorridos no Rio Grande do Sul nos últimos dez anos, tanto em extensão geográfica quanto em população envolvidas. Cinco dias antes, a Defesa Civil já estava preparada para prestar socorro a vítimas do ciclone e serviços de reparos em locais atingidos.
O órgão também manteve contato permanente com as prefeituras, repassando previsões dos institutos de meteorologia e orientações sobre providências a serem tomadas. "O Rio Grande do Sul é um dos primeiros estados do Brasil a ter a Defesa Civil articulada por regionais e a trabalhar em conjunto com as defesas civis municipais", observou o coordenador estadual.
Tarsila Crusius disse que o trabalho do Comitê de Ação Solidária na arrecadação e repasse de donativos (como roupas e alimentos) às populações prejudicadas vem contando com a voluntariedade de interessados em ajudar e fez um apelo para que mais pessoas e empresas se solidarizem com as comunidades necessitadas. Entre as empresas colaboradoras, estão os grupos Zaffari e Renner.
"Aqueles que estão dispostos a contribuir encontram no Comitê o caminho para que as doações cheguem a quem precisa", disse Tarsila, informando que a Defesa Civil indica os locais onde há maior urgência de donativos. Pessoas que queiram participar podem entrar em contato pelos telefones 199 (Defesa Civil), 3210-4219 (plantão no Palácio Piratini), 3212-4678 e 3212-2675 (ambos da Central de Doações).
(Governo do Estado, 05/05/2008)