O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura e Rayfran das Neves Sales, acusados de participar do planejamento da morte da missionária Dorothy Stang voltam ser julgados nesta segunda-feira. Os dois já foram condenados num primeiro julgamento ao cumprimento de penas de 30 e 27 anos de reclusão, respectivamente.
Como as penas ultrapassaram 20 anos, os advogados de defesa dos réus apelaram por novo julgamento.
De acordo com o TJ-PA (Tribunal de Justiça) do Pará, a nova sessão de julgamento está prevista para durar dois dias.
Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, é acusado de ter contratado pessoas para executar a missionária. Rayfran Sales responde como executor do crime.
O caso
Dorothy Stang foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu (PA). Ela foi morta aos 73 anos com seis tiros quando se dirigia a uma reunião com agricultores no interior de Anapu. Ela era americana naturalizada brasileira e atuava havia 40 anos na organização de trabalhadores no Pará.
De acordo com a Promotoria, a morte dela foi encomendada porque a missionária defendia a criação de assentamentos para sem-terra na região, o que desagrava fazendeiros.
Sua morte foi encomendada por fazendeiros pelo valor de R$ 50 mil, segundo as investigações da polícia.
(Folha Online, 05/05/2008)