O vereador Professor Garcia (PMDB) disse que o ciclone do final de semana abalou Porto Alegre e a Região Metropolitana: "Choveu em 30 horas 230 milímetros, um terço da enchente da década de 40, que durou 60 dias".
Garcia relatou as atividades da Prefeitura Municipal voltadas ao atendimento dos atingidos e a minimizar os estragos provocados. "É um estado de calamidade. Ainda há centenas de famílias desabrigadas em igrejas, creches e casa de passagens e até em dois ônibus, pois não querem sair da frente de suas residências”, afirmou. O vereador também listou atendimentos da SMAM, em relação à quebra de galhos e árvores, bem como do DEP que, segundo ele, estão com todas as equipes nas ruas, pois houve rompimento de redes e há casa de bombas em reparo. “Somente o DMAE recebeu 6.647 telefonemas. Todas as secretarias e departamentos estão mobilizados para resolver os problemas”, garantiu Garcia.
Gastos
Adeli Sell (PT) anunciou que entrará com processo do Ministério Público para denunciar “o mau uso de dinheiro público” pela Smam, que publicou o livro Porto de Muitos Parques Alegre. Segundo o vereador, a obra apresenta muitos erros e textos “chupados” de técnicos da Smam. Conforme Adeli, a edição e publicação do livro custaram R$ 50 mil, “dinheiro que poderia ser investido em poda preventiva”. Na opinião do vereador, se a prefeitura tivesse dado mais atenção às árvores condenadas, a tragédia provocada pelo ciclone poderia ter sido amenizada.
Desabrigados I
Aldacir Oliboni (PT) criticou a demora do poder público para atender as comunidades atingidas pelos ventos e chuvas do final de semana. O vereador lembrou que a tempestade já havia sido prevista pelos meteorologistas, mas o poder público não se preparou para tragédia. Oliboni disse que as pessoas tentavam ligar para os órgãos públicos e não conseguiam. “Onde estava o poder público nesta hora?”, indagou. “As secretarias deveriam estar de plantão e vigilantes.”
Desabrigados II
Ervino Besson (PDT) disse que os vereadores deveriam ser solidários com as comunidades atingidas pelo ciclone e não fazer “politicagem em cima da tragédia”. Contou que mora desde 1961 em Porto Alegre e nunca havia visto tanta chuva. Besson fez um apelo à população para que deixe de jogar lixo nos bueiros e arroios. Segundo o vereador, um dos casos mais graves é o do Arroio Cavalhada, sobre o qual foram construídas casas, impedindo a limpeza pelo DEP. “Temos de fazer um trabalho de conscientização nas escolas”, pediu.
(Por Leonardo Oliveira e Claudete Barcellos, Ascom CMPA, 05/05/2008)