O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) pretende ampliar o programa de coleta seletiva de lixo em Porto Alegre até o final deste ano. A intenção é fazer com que toda a Capital conte com o recolhimento de material reciclável duas vezes por semana.
Atualmente, apenas 11 bairros dispõem do serviço. O restante recebe a visita do pessoal da coleta seletiva em apenas um dia da semana. Para garantir a ampliação do processo, o DMLU vai abrir uma licitação para adquirir 29 novos caminhões para recolhimento de lixo seco na cidade. A iniciativa deve garantir uma maior quantidade de material reciclável para triagem, saltando das atuais 60 toneladas diárias para até 120 toneladas.
Além de preservar o meio ambiente, a ação também vai beneficiar quem trabalha nesta área na Capital. "A perspectiva é dobrar o número de 'triadores', aumentando a capacidade das unidades de triagem (UT) em até três turnos", explica o diretor da Divisão de Projetos Sociais, Reaproveitamento e Reciclagem do DMLU, Jairo Armando dos Santos.
A prefeitura garante a todas as UTs estruturas como prédio, elevadores, balança e prensa, além da destinação de R$ 2,5 mil mensais para manutenção das máquinas e custeio. O valor é repassado para as associações dos trabalhadores através de um convênio, com a apresentação de prestação de contas dos gastos do mês anterior. A fiscalização é feita a partir do controle com a apresentação das notas fiscais até o quinto dia útil do mês subseqüente.
Há ainda o acompanhamento e o suporte técnico permanente, feitos por técnicos do DMLU nas UTs, assim como a capacitação na área de finanças e a elaboração de projetos de educação ambiental. De acordo com a prefeitura, a reciclagem gera, em média, 750 empregos diretos em 14 unidades de triagem de Porto Alegre.
A estimativa da prefeitura é de que cada posto beneficie o trabalhador com uma renda mensal de R$ 480,00. Com isso, são R$ 360 mil a mais que ingressam na economia do município por mês, ou seja, R$ 4,3 milhões por ano.
(JC-RS, 05/05/2008)