A Cooperativa Solidária de Alimentos Orgânicos do Espírito Santo - O Broto - contará com um "Plano de Negócio e Planejamento Estratégico". Para realizar o estudo, serão investidos R$ 40 mil, recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
O contrato para realização do estudo foi publicado no Diário Oficial (DIO) do Espírito Santo, edição desta terça-feira (29). É entre a Fundação de Desenvolvimento Agropecuário do Espírito Santo (Fundagres) e a Sysnet Serviços Ltda.
O contrato tem por objetivo a prestação de consultoria para elaboração do "Plano de Negócio e Planejamento Estratégico". Segundo o contrato, a empresa terá que atender "às quantidades e especificações" no Termo de Referência do edital.
Informa que "as despesas para contratação dos serviços decorrentes da presente licitação correrão à conta do Projeto Finep 1315.6". O projeto é intitulado "Fortalecimento dos Espaços de Comercialização Solidária Através da Agricultura Familiar e Organizações Sociais da Grande Vitória".
A finalidade do projeto é "levantamento, estudos da cadeia de produtos orgânicos e consultoria gerencial na perspectiva da economia solidária".
O contrato entre em vigor nesta quarta-feira (30) e tem duração de cinco meses, não podendo ser prorrogado.
A Cooperativa Solidária de Alimentos Orgânicos do Espírito Santo - O Broto - é a primeira de consumidores de alimentos naturais no Estado. Foi criada em novembro de 2003, na Serra. Autogestionada, foi idealizada por integrantes da Pastoral Operária da Igreja Católica e do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) serranos.
Os produtos repassados pela cooperativa são comprados de pequenos produtores dos municípios de Santa Maria de Jetibá (Coopa-serrana), Laranja da Terra e Domingos Martins. Inicialmente, a entrega das cestas de produtos era feita a 35 coordenadores distribuídos em 20 bairros. Posteriormente, essa distribuição passou a ser feita também em domicílios para não-cooperados.
A cooperativa O Broto vende produtos a preços menores do que os praticados no mercado a comunidades de baixa renda da Serra.
(Por Ubervalter Coimbra,
Seculodiário, 01/05/2008)