Governo federal pretende solucionar o histórico problema da falta d’água no município de Bagé
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, determinou à coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que resolva o antigo problema da falta de água em Bagé com a liberação de recursos urgentes para a construção de uma grande barragem. A informação é do prefeito Luiz Fernando Mainardi. Segundo ele, essa é a última alternativa que pode resolver o problema de falta de água no município depois que o Ministério da Integração Nacional alegou a falta de recursos para a construção da obra, orçada em R$ 24 milhões. O projeto da barragem, que foi financiado pelo governo federal, custou R$ 1,1 milhão e foi concluído em fevereiro deste ano, depois de dez meses de estudos.
Mainardi estará em Brasília na próxima semana para tratar da liberação dos recursos. O início da licitação da obra vai depender da licença ambiental que já foi solicitada à Fepam há vários meses. O projeto da nova barragem, que deverá alagar uma área de cerca de 300 hectares, prevê também a implantação de dois balneários, uma mini-hidrelétrica que vai gerar energia para bombear água até a Estação de Tratamento (ETA) do Departamento de Água e Esgotos de Bagé (Daeb), e um programa de piscicultura.
Bagé está enfrentando, desde do dia 27 de abril, o segundo racionamento de água em menos de um ano. O anterior aconteceu de dezembro de 2005 a julho de 2007. As barragens estão em situação crítica e, segundo a diretora do Daeb, Estefania Damboriarena, o quadro só não está pior porque as temperaturas baixas reduzem a evaporação. A barragem Sanga Rasa encontra-se 8,7 metros abaixo do normal e a do Piraí está com 4,8 metros menos que a capacidade plena.
A cidade está dividida em dois setores que recebem água 12 horas por dia. O Centro e a zona Oeste são abastecidos das 3h às 15h. Os moradores dos dez bairros que constituem a zona Leste contam com o serviço das 15h às 3h.
(Correio do Povo, 02/05/2008)