As obras de ampliação da rede de gás canalizado da distribuidora SCGás, que devem durar mais um mês em Joinville, têm gerado impasse entre a distribuidora e a Companhia Águas de Joinville. Canos de água danificados durante as obras causam vazamentos nas áreas próximas aos canteiros, e o problema tem de ser contornado pela companhia.
Só no último mês, foram cinco apenas num ponto da zona Sul, no bairro Boehmerwald. A situação se estende por toda a cidade, e a Águas de Joinville estuda como ser ressarcida pela SCGás, para que a distribuidora estadual arque com os custos dos consertos.
Ontem, uma equipe da Águas de Joinville consertou um ramal de 20 milímetros de diâmetro que foi rompido e ocasionou o quinto vazamento, perto da rótula da rua Waldemiro José Borges. No mesmo dia, um cano ainda maior - da rede, de 100 milímetros - teve de ser reparado na rua Florianópolis. O acidente no bairro Fátima chegou a afetar o abastecimento de água por alguns minutos.
Apesar de ainda não ter havido reclamações sobre a falta de água na zona Sul, a rede da região é vulnerável a vazamentos. Essa parte da cidade é abastecida por meio de um sistema de bombas - o booster - , que aumenta a pressão para a água chegar às casas. Por causa do cano estourado, a rede de água da região sofreu uma baixa na pressão imediatamente.
A Águas de Joinville acredita que o método adotado para tocar as obras, com pouca interferência no trânsito e no asfaltamento, contribuem para o problema. Para instalar a canalização de gás, a empreiteira contratada abre buracos a cada 50 metros. Ao fazer os buracos, as ferramentas às vezes acertam e furam os canos da rede de água que estão mais abaixo - especialmente os encanamentos antigos.
As obras de expansão da SCGás ocorrem para interligar a rede de gás canalizado de Araquari e Joinville. O presidente da SCGás, Ivan Ranzolin, não foi encontrado para comentar o assunto.
(A Notícia, 02/05/2008)