Em dois meses de atuação, a operação Arco de Fogo superou R$ 60 milhões com 338 multas aplicadas contra o desmatamento da Amazônia pelas cinco bases da operação montadas nos estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia. Fiscais do Ibama e policiais federais e da Força Nacional de Segurança Pública fiscalizaram 166 propriedades, entre empresas e fazendas, e apreenderam 37,4 mil metros cúbicos de madeira ilegal, o suficiente para encher 1,5 mil caminhão.
Em 42 estabelecimentos, as atividades foram paralisadas devido à falta de licenciamento ou por depósito ou venda de madeira sem origem legal. Também foram apreendidos 1,4 metros de carvão vegetal ilegal, 26 veículos e 31 motosserras utilizados na prática do crime ambiental. Os agentes públicos destruíram 1,6 mil fornos de produção de carvão vegetal clandestinos.
Em Tailândia, Pará, e em Machadinho D’Oeste, Rondônia, o trabalho foi concluído. No Pará, a ação prossegue na cidade de Paragominas. Em Rondônia, a equipe fiscaliza agora o município de Cujubim. No Mato Grosso, a operação continua em Sinop e Alta Floresta.
Paragominas - A Operação Arco de Fogo em Paragominas, no sudeste do Pará, já superou a marca dos 12 milhões de reais em multas aplicadas desde o início de suas atividades no município. Até o momento, foram lavrados 55 Autos de Infração, sendo um de advertência e os demais 54 multas, totalizando R$ 12,6, além dos 10 Termos de Embargo e 26 Termos de Apreensões e/ou Depósito realizados.
As equipes vistoriaram 20 empresas no município, resultando no embargo das atividades de quatro serrarias e uma carvoaria. A operação também vistoriou sete polígonos de desmatamentos, embargando as atividades em 1288 hectares onde a floresta foi devastada, visando a sua regeneração natural. Foram apreendidos até o momento 6.747,123 m3 de madeira em toras, 1168,63 m3 de madeira serrada, 105 metros de carvão, 130 estéreo de lenha, dois caminhões, uma máquina carregadeira e duas motosserras.
A Arco de Fogo é uma ação integrada de forças federais para combater o desmatamento da Amazônia e a cadeia do comércio de madeira ilegal. No Pará, recebe apoio do Governo de estado do Pará, por meio da Secretaria do Meio Ambiente. A ação não tem data para terminar.
(Por Kézia Macedo,
Ibama e Christian Dietrich, Ibama/Santarém, 29/04/2008)