A equipe da Companhia Pública Municipal Pró-Habitação, da Prefeitura da Estância Turística de Embu, ao longo de oito anos de muito trabalho, dimensionou o déficit e definiu a política habitacional do município, fez intervenções de urbanização e recuperação ambiental em áreas de risco e/ou degradadas da cidade e aumentou o aporte de recursos internos e externos para os setores habitacional e de saneamento.
Na implementação de suas ações, a Pró-Habitação utiliza materiais ecologicamente corretos nas obras que executa. Prova disso é o uso do tijolo modular de solo-cimento, utilizado na construção das novas unidades habitacionais, como é o caso do conjunto habitacional do Galpão, no Jd. Sílvia, e do Valo Verde, por exemplo. A técnica do solo-cimento parte de uma mistura de solo específica com uma dosagem de cimento. O material é prensado em uma máquina, onde ganha forma e passa uma semana em processo de cura, para adquirir a resistência necessária. Os tijolos são também testados em laboratório.
Este tijolo é ecologicamente correto porque não é queimado, portanto não utiliza madeira como no processo de fabricação do tijolo convencional. Conseqüentemente, evita-se o desmatamento e a emissão de gás carbônico e calor na atmosfera terrestre, o que evita o aquecimento global. Com faces regulares e um duplo encaixe, o tijolo de solo-cimento permite um melhor nivelamento e acabamento, oferecendo beleza estética à construção. Evita também o desperdício de material típico de uma obra comum, além de minimizar o tempo e custo de mão-de-obra.
O tijolo de solo-cimento usado nas construções do município é feito com recursos da Pró-Habitação e produzido há cerca de quatro anos. Em média, são produzidos 2.500 tijolos por dia. No mercado da construção civil, cada mil unidades deste material é vendida por cerca de 700 reais. Fazendo este produto em sua própria fábrica, a Prefeitura reduz o custo do material à metade.
O tijolo de solo-cimento proporciona conforto acústico às construções, o que significa que os sons e ruídos vindos de fora não chegam com a mesma intensidade dentro das casas. O material também é um isolante térmico, pois proporciona sempre uma sensação de temperatura agradável (no ambiente interno), independentemente da temperatura que esteja fazendo do lado de fora.A melhor parte de tudo isso, é que a população do município recebe moradias com qualidade, mais bonitas, funcionais e
confortáveis, além de melhorar a auto-estima do morador reforçando a dignidade a que tem direito.
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Envolverde/Maxpress, 30/04/2008)