Apesar da instalação de caixas de água para facilitar a rotina dos moradores durante o período de racionamento, ainda existem pessoas que sofrem com o problema. É o caso da dona de casa, Gilda Maria Velozo da Silva, 58 anos, que reside com o marido em uma casa no bairro Ibagé.
Na casa de Gilda a caixa de água ainda está no chão. Embora esteja ligada à tubulação do Daeb, serve apenas como reservatório. Os aparelhos sanitários como: chuveiro, pias e vaso, estão ligados diretamente à rede. Ela justifica que esta foi a alternativa encontrada, por ela e o marido, para suprir as necessidades da casa no racionamento do ano passado. A dona de casa acredita que a medida irá ajudar novamente para que ambos não fiquem sem água.
Segundo o relato da moradora, o racionamento dificulta ainda mais a situação. Agora, Gilda precisa acumular água não só na caixa, mas também em baldes e bacias para garantir o abastecimento da família. Conforme Gilda, o banho do casal é feito com muita dificuldade. Eles utilizam a água armazenada que é aquecida em duas chaleiras. Desse modo, o simples fato de fazer a higiene pessoal, se transforma em uma aborrecida tarefa doméstica. “Tomar banho é um sacrifício”, destaca.
(Jornal Minuano, 30/04/2008)