Proposta foi cogitada no Seminário Gás Natural realizado pela ACI-NH/CB/EV
Depois de praticamente dois anos de estudos para proporcionar a presença de gás natural em Novo Hamburgo, os primeiros passos para alcançar tal objetivo foram dados a partir do Seminário Gás Natural, promovido pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, em parceria com a Sulgás e Condese - Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico do Município de Novo Hamburgo, realizado nesta terça-feira (29), na sede da ACI-NH/CB/EV. "Precisamos discutir este assunto e chegar a um consenso para trazer o gás à nossa região. Esta questão é fundamental para o nosso desenvolvimento e por isto estamos tomando a iniciativa em abordar esta questão", destacou a presidente da ACI, Fatima Daudt.
Em sua manifestação inicial no seminário, que abriu as discussões sobre a viabilidade de implantação do gás natural na região, o diretor-presidente da Sulgás Artur Lorentz apresentou um cenário otimista, com aumento da oferta de gás natural a partir de 2010 e a diversificação da matriz energética, Para Lorentz, é fundamental que Novo Hamburgo esteja integrando-se com a Grande Porto Alegre e a Serra Gaúcha, onde está o maior PIB do Estado, na nova matriz energética. “O futuro, sem dúvida, é o gás natural, e Novo Hamburgo já pode propagar que tem energia à vontade para atrair novos empreendimentos”, afirmou. O diretor técnico-comercial da Sulgás, Flávio Soares, acrescentou a possibilidade de que a extensão do gasoduto até o Distrito Industrial de Canudos já entre no orçamento do próximo ano.
Para o vice-presidente do Condese, Edgar Fedrizzi Filho, contar com um Distrito Industrial, no bairro Canudos, bem localizado, de fácil acesso, com infra-estrutura, transporte e energia não é suficiente para impulsionar. “O grande diferencial está no gás natural, este sim fará a diferença, pois nos colocará em outro patamar, auxiliando o nosso desenvolvimento e de outros que estão próximos”, justificou Fedrizzi. Como exemplo, citou o caso de Estância Velha. “Mesmo que num primeiro momento não tenha oleoduto, poderá ser abastecido via sistema de gás natural comprimido (GNC), o que supriria plenamente suas necessidades”, acredita.
O Seminário ainda teve a participação do técnico Renato Chagas e Silva, da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), que falou sobre as vantagens em usar-se gás natural, muito menos poluente. O diretor administrativo de rádios da empresa Transtaxi, Mário José Costa, e o diretor Industrial da Tramontina, Nestor Giordani, apresentaram cases de sucesso na implantação do gás natural, quer no uso como combustível automotivo, como no uso industrial.
Encerrando o Seminário, a diretora-presidente da Caixa RS, Susana Kakuta, palestrou sobre as linhas de financiamento para instalação de gás natural. Kakuta alertou que a energia elétrica disponível no RS é de 4,5 mil Mkw, enquanto a demanda seria de quase 9 Mkw. “Será necessário investir, até 2015, U$7 bilhões em energia”, afirmou a diretora-presidente da Caixa RS.
(Jornal NH, 29/04/2008)