Se alguém acha que os US$ 2,2 bilhões de investimentos anunciados pela Aracruz para o RS encerram o leque de novos negócios previstos para este ano, nem sabe o que vem pela frente. A Aracruz vai encerrando a agenda de eventos que produzirá para marcar com obras os investimentos de US$ 2,2 bilhões previstos para o RS.
Em julho, sairá a pedra fundamental da duplicação da indústria de celulose de Guaíba. Logo em seguida virão lançamentos semelhantes nos portos fluviais e lacustres de São José do Norte, Rio Pardo e Cachoeira do Sul.
Um ato público concluirá o rosário de eventos para iniciar o leque de 10 mil novos postos de trabalho que serão gerados no RS.
Ao anunciar novos investimentos de US$ 2,2 bilhões, a Aracruz deu o start para o desembarque de novos empreendimentos no RS.
Era o que se supunha. E isto que a atividade de base florestal não é tão multiplicadora quando a atividade automobilística. Por aí pode-se avaliar melhor o trem que perdeu o RS quando o governo do PT resolveu mandar a Ford para a Bahia, abrindo mão de investimentos calculados em US$ 1,2 bilhão na época.
Esta semana, uma fábrica de papel européia Gafor já procurou o governo estadual para anunciar que virá para o Estado. Ela gerará 70 empregos em cima dos 10 mil que a Aracruz criará, investindo R$ 50 milhões.
O secretário Luiz Fernando Zacchia, que voltou sábado de Dubai, tem uma fila de espera de 12 novos empreendimentos que virão apenas na esteira da Aracruz.
É só o começo. A Aracruz plantará florestas e produzirá celulose, mas suas duas concorrentes, as também gigantes Stora Enso e VCP, poderão desembarcar com florestas, celulose e papel, agregando ainda mais valor.
(Políbio Braga, 29/04/2008)