O período destinado ao Grande Expediente da Assembléia Legislativa gaúcha foi ocupado na tarde desta terça-feira (29/04) pelo deputado Francisco Appio (PP). O parlamentar falou sobre questões que envolvem o meio ambiente e criticou proposta do Ministério do Meio Ambiente em criar o Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pelotas e dos Campos de Cima da Serra, como forma de compensação pelos impactos ecológicos criados pelas usinas de Barra Grande, Pinhal da Serra, Esmeralda e Anita Garibaldi.
De acordo com o parlamentar, o ministério definiu que "um valor equivalente a 3% do investimento feita pela construtora das usinas fosse aplicado em compensação ambiental nesse único refúgio, ao invés de distribuí-lo por todo o Rio Grande do Sul. O parque do Itaimbezinho, por exemplo, está fechando por falta de administração", lembrou o parlamentar.
Segundo ele, o refúgio restringe as atividades econômicas numa área de 2 mil Km² e estabelece manejos para o proprietário. "Esse refúgio deveria ser estabelecido por lei e não por decreto", defende o deputado. Neste espaço não será permitida a expansão das atividades de pecuária, agricultura e fruticultura. "A região dos Campos de Cima da Serra é considerada ideal para a produção da maçã. A fruta é produzida no Rio Grande do Sul há 30 anos e está numa excelente fase econômica com a conquista de mercados externos, gerando também muitos empregos", frisou Appio.
O deputado também denunciou a falta de recursos para o Parque Nacional dos Aparados da Serra, em Cambará do Sul, que vem sofrendo com a falta de vigilância e escassez de pessoal do Ibama. "A prefeitura, que tem a sede do parque, fica cedendo funcionários para evitar de fechar um local que recebe mais de 3 mil visitantes por semana, mas com isso fica ameaçada de sofrer apontamentos por parte do Tribunal de Contas", relatou Appio.
Em a parte pronunciaram-se os deputados Dionilso Marcon (PT), Raul Carrion (PCdoB), Edson Brum (PMDB).
(Por Daniela Bordinhão, Agência de Notícias AL-RS, 29/04/2008)