Caxias do Sul - O Banco do Brasil (BB) passará a atuar como agente de fomento ao desenvolvimento das 10 associações de reciclagem ligadas à prefeitura. A nova postura foi instituída ontem (29), na Câmara de Vereadores, com o nome de Desenvolvimento Regional Sustentável - Reciclagem de Resíduos (Projeto DRS). O programa servirá para a formação de um grupo de profissionais e empresários que possam se ajudar mutuamente enquanto fazem crescer a cadeia produtiva do lixo.
Na prática, o banco vai criar linhas de crédito especiais para quem deseja ajudar os recicladores, como vender maquinário para as associações, por exemplo. Caso os recicladores não possam comprar, mesmo com prazos alongados, o BB deverá buscar recursos de fundos perdidos de fundações. O Projeto DRS também busca prestadores de serviço com condições e perfil para a ajudar com cursos ou assessorias.
- Esses profissionais estarão atuando voluntariamente, mas pertencerão a um grupo de trabalho onde há diversas empresas que, no futuro, poderão ser suas clientes. Como a cadeia produtiva do lixo crescerá com o DRS, certamente vão estar empreendendo em um setor de sucesso - explicou o gerente da agência Centro do BB, em Caxias do Sul, Hugo Domingues.
- Profissionais poderão dar cursos sobre administração de empresas, ou um contabilista, por exemplo, pode se dispor a ajudar na contabilidade. As empresas que também participam do projeto poderão compôr sua carteira de clientes - completou o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), Adiló Didomenico.
Atualmente, as 10 associações geram cerca de 300 empregos diretos. Esses trabalhadores são responsáveis por separar uma média diária de 60 toneladas de lixo seletivo. Eles já eram apoiados por órgãos públicos, como a Codeca, que transporta o material até os galpões de separação e recolhe o que não serve para o reaproveitamento, e a Fundação de Assistência Social (FAS).
(Pioneiro, 30/04/2008)