DMLU tinha fechado aterro de inertes da Estrada da Serraria, mas precisou reabrir com a movimentação
Carregados com contêineres repletos de carga, caminhões de empresas que recolhem e transportam entulhos formaram fila ontem (28) pela manhã em frente ao aterro de inertes da prefeitura na Estrada da Serraria, 3300. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) fechou o local sábado e, com a ação, as empresas ficaram sem opção para levar os entulhos (caliças e galhos, principalmente). O outro aterro de inertes existente na Capital, na zona Norte, próximo ao aeroporto, deixou de funcionar devido ao esgotamento da capacidade e um terceiro, nas proximidades da freeway, ainda não foi aberto.
Segundo representantes das empresas, o DMLU informou ao setor que fecharia o aterro, cuja capacidade está esgotada, 'como forma de pressionar a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) a fornecer licença que permita o funcionamento e orientou os empresários a direcionar reclamações à secretaria'. A Smam informou, via assessoria, que não se manifestaria sobre o tema. Extra-oficialmente, as informações da Smam dão conta de que o DMLU não enviou o pedido de licenciamento ambiental ao local, que existe desde 1998 e funciona por Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) firmados entre DMLU, Smam e Ministério Público, sem licença. O último TAC foi assinado em outubro de 2006.
Após o acúmulo de caminhões, técnicos do DMLU reabriram o aterro. 'Não queremos só que reabram, mas encaminhem solução', afirmou Samuel Barcelos, dono de empresa de entulhos, que passou quase toda a manhã na Serraria.
(Correio do Povo, 29/04/2008)