Entidades e representações da sociedade civil lançaram nesta segunda-feira, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Movimento Nacional em Defesa da Amazônia. O objetivo é promover a integração, a preservação da biodiversidade, a defesa e o desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira, disse a médica Maria Augusta Tibiriçá, presidente do Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon), uma das 20 instituições responsáveis pela iniciativa.
Aos 91 anos, a médica ressalta a importância de lutar por essa causa e lembra que participou da campanha "O Petróleo é Nosso", em meados do século passado, em defesa do monopólio estatal do petróleo. Segundo ela, o movimento lançado hoje precisa das forças de todos os brasileiros.
"Eu me dediquei a vida inteira à campanha do 'Petróleo é Nosso' e agora não hesitei em entrar de cabeça numa nova campanha, que sei que vai ser difícil, pela cobiça de dois séculos sobre a nossa Amazônia. O desafio é garantirmos a nossa soberania e a propriedade brasileira."
Maria Augusta disse que a iniciativa é apartidária e visa conscientizar a população da importância da defesa da soberania, da integridade territorial e do desenvolvimento da Amazônia de forma realmente sustentável. Para ela, entre os grandes desafios para a defesa da região, estão a demarcação das terras indígenas, a exploração clandestina da biodiversidade brasileira, a biopirataria e as riquezas minerais, além do desmatamento promovido pelas grandes madeireiras.
Ela informou que deverão ser criadas agora comissões de estudo para analisar cada um dos problemas apontados e propor medidas de atuações eficazes para a defesa da Amazônia.
(O Dia, 28/04/2008)