Povos Indígenas em Porto Alegre é o tema do seminário que será realizado amanhã, 29, a partir das 14h, no Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal. A iniciativa resulta de parceira entre o Núcleo de Políticas Públicas para os Povos Indígenas (NPPPI) da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana e a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana da Câmara.

Segundo a coordenadora do NPPPI, antropóloga Ana Elisa Freitas, o objetivo do encontro é o debate envolvendo os povos indígenas Guarani, Kaingang e Charrua, instituições governamentais, organizações não-governamentais e sociedade civil abordando a situação indígena em Porto Alegre. "Na pauta, suas alternativas de sustentabilidade, a posse da terra e o livre acesso às florestas e campos de seus territórios, a mobilidade nas cidades, o comprometimento do poder público com ações que traduzam os direitos específicos desta população", enfatiza a coordenadora. O seminário terá dinâmica de grupos de trabalho, com foco nos seguintes temas: A questão da terra e acesso ao território, Sustentabilidade socioambiental e Políticas e serviços públicos.

Indígenas
Vivem em Porto Alegre hoje três povos indígenas: Guarani, Kaingang e Charrua, cada um com sua cultura, língua, crenças e costumes. A fonte de subsistência dos povos Guarani e Kaingang é a produção e comercialização do artesanato, bem como o cultivo de pequenas roças. O Kaingang dedica-se às cestarias, confeccionadas a partir do cipó e da taquara, além da coleta de ervas e alimentos nos campos e matas da região. Já os Guaranis produzem esculturas em madeira e cestarias com fibras de taquara, sendo fundamental para eles áreas apropriadas ao cultivo das diversas espécies de uso alimentar que integram seu repertório da biodiversidade tradicional, como batatas, feijões, milhos, amendoins, canas, abóboras e fumo. Os Charruas, recentemente reconhecidos pelos poderes públicos e pela sociedade brasileira, atualmente produzem artesanato, mas projetam o cultivo e a criação de pequenos animais como uma atividade produtiva que pretendem efetivar.

(Prefeitura de Porto Alegre, 28/04/2008)