A Associação Comunitária da Vila da Quinta, considerando a preocupação dos moradores do Condomínio de Chácaras Lago Azul, localizado ao lado do terreno em que está sendo construída a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos (aterro sanitário) do Rio Grande, marcou uma reunião para ontem (27), às 9h, no Salão Paroquial da Quinta, com o supervisor de unidade da Rio Grande Ambiental, Vinícius Sterque, no intuito de obter informações sobre os impactos decorrentes do empreendimento.
A expectativa era que o projeto fosse apresentado aos moradores daquela área, pois, segundo a presidente da associação, Viviane Fontoura, eles não receberam, diretamente, informações sobre o aterro. No entanto, o supervisor não compareceu à reunião e nenhum representante da empresa foi enviado em seu lugar, apesar de ela ter feito novo contato com a Rio Grande Ambiental ontem. A empresa teria dito apenas que faria contato com ela posteriormente.
"Todos os moradores do Condomínio de Chácaras foram para a reunião. Eles queriam conhecer o projeto, porque não sabem como será feito este aterro e se haverá impactos. Receiam que seja como o Lixão antigo e que traga prejuízos à saúde e ao meio ambiente", relatou. Como a empresa não compareceu à reunião, a associação comunitária, junto com os moradores, decidiu que vai enviar ofício à Promotoria de Defesa Comunitária pedindo um laudo técnico sobre o impacto ambiental decorrente do empreendimento. Também solicitará que, enquanto ocorrer a elaboração do laudo técnico, a obra seja suspensa e que seja convocada uma reunião com todos os envolvidos na questão ambiental da implantação do aterro sanitário.
"Queremos que a comunidade seja informada sobre os impactos decorrentes do aterro e ver o que pode ser feito para garantir que os moradores não serão prejudicados", destacou Viviane Fontoura.
Na reunião de ontem, conforme a presidente da associação, também foi observado que a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos está sendo construída à margem da BR-392, que é a entrada do Município, o que deixará uma impressão ruim da cidade. "A natureza desta área é que deveria dar as boas-vindas aos visitantes", destacou.
Rio Grande Ambiental
Enilton de Figueiredo Ineu, estagiário encarregado da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos, junto com o supervisor de unidade, disse não ter conhecimento de que tenha sido agendada essa reunião e que Vinícius Sterque ontem estava viajando.
Observou que na última terça-feira esteve conversando com moradores do entorno da área do aterro sanitário e que eles não falaram em nenhuma reunião. Destacou que está disponível para qualquer informação necessária, inclusive para reunião com a associação. "Os moradores têm o número do meu telefone e podem ligar no momento que desejarem", salientou.
(Por Carmem Ziebell, Jornal Agora, 28/04/2008)