A Itaipu Binacional é a maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia, uma trajetória que já dura 35 anos. Em 5 de julho de 1973, época do regime militar e da primeira crise mundial de petróleo, o então presidente Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) sancionou a chamada Lei de Itaipu (Lei no 5.899), impondo a compra de energia elétrica da usina binacional pelas principais concessionárias das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Pelo acordo, os governos do Brasil e do Paraguai se comprometiam a construir a usina de Itaipu e instalar 12.600 MW de potência no rio Paraná, entre Sete Quedas e Foz do Iguaçu – o equivalente a 75% da capacidade de geração brasileira na época. As obras seriam realizadas pela Itaipu Binacional, constituída em 1974 com capital dividido em partes iguais entre a Eletrobrás e a estatal paraguaia Administración Nacional de Electricidad (Ande). Ainda segundo a Lei de Itaipu, só a Eletrobrás, através das subsidiárias, poderia construir e operar centrais geradoras e sistemas de alta tensão supra-estaduais.
O primeiro giro mecânico de uma turbina foi em 17 de dezembro de 1983. Porém, a Itaipu começaria a produzir energia em 5 de maio de 1984, quando entrou em operação a primeira das 20 unidades geradoras. Em sete anos, 18 desses equipamentos foram instalados. O recorde de produção ocorreu em 2000, quando a hidrelétrica gerou 93,4 bilhões de quilowatts-hora. Em 2004, com 20 anos de atividade, a usina havia gerado energia para abastecer o mundo durante 36 dias. Já em maio de 2007 entraram em operação as últimas duas geradoras. Com todas as instalações ativas e o rio Paraná em condições favoráveis, a geração pode chegar a 100 bilhões de quilowatts-hora.
(CP, 27/04/2008)