Com duas barragens que são insuficientes para a demanda de água da população, Bagé vai ter de encarar, novamente, um racionamento. A solução é a construção de uma terceira barragem, medida que ainda pode demorar para ser concretizada.
A população de 112 mil pessoas em Bagé é abastecida com água de duas barragens, a Sanga Rasa e a Piraí. Juntas, elas têm capacidade para armazenar 4 milhões de metros cúbicos de água, quantidade insuficiente para abastecer toda a cidade. Além disso, os dois reservatórios dificilmente chegam a ter capacidade máxima, devido ao baixo volume de chuva dos últimos meses.
A construção de uma nova barragem, com capacidade de 12 milhões de metros cúbicos, aguarda por recursos de R$ 24 milhões do governo federal. Um projeto que custou R$ 1,1 milhão aos cofres da própria União já foi encaminhado ao Ministério da Integração Nacional.
- É algo que já poderia estar pronto - admite o prefeito Luiz Fernando Mainardi (PT).
Enquanto isso, a população vai aguardar pelo dia e pelos horários do novo racionamento. O anúncio oficial será feito hoje. O mesmo processo foi realizado entre dezembro de 2005 e junho de 2007. Do início daquele racionamento até hoje, o Departamento de Água e Esgoto de Bagé (Daeb) contabilizou redução de 17% no abastecimento.
- A população aprendeu a economizar - destaca a presidente do órgão, Estefanía Damboriarena.
Ontem, a Sanga Rasa estava com 8,55 metros abaixo do normal e a Piraí, 4,65 metros. Em abril, Bagé contabilizou somente 28,8 milímetros de chuva, enquanto a média histórica registrada pelo Daeb é de 208 milímetros ao longo de todo o mês.
(Zero Hora, Jornal Minuano, 25/04/2008)