Em pronunciamento feito nesta quinta-feira (24/04), o senador Jaime Campos denunciou que tem sido vítima da prática stalinista de alguns órgãos do governo. "Pois, bastou que eu denunciasse desta tribuna a ação truculenta de fiscais do Ibama no norte de Mato Grosso, para que uma fazenda de minha propriedade fosse incontinente autuada pela repartição", queixou-se.
Neste sentido, o parlamentar disse que mesmo antes de o Ibama lavrar o auto de infração, a imprensa já estampava a notícia: "Foi uma tentativa torpe de me constranger. Fiquei calado. Mas agora, quando assumo a presidência da Comissão de Riscos Ambientais desta Casa, uma nova onda de vitupérios é dirigida contra mim. Não aceitarei tais injúrias".
Jaime Campos informou que protocolou sua defesa no Ibama e até o momento não obteve nenhuma resposta do órgão. E disse que numa decisão extrema, requereu que seu caso fosse apreciado de maneira célere pelo instituto, "para que não pairem dúvidas nem senões sobre uma condição política ou uma atuação parlamentar".
No mesmo discurso, o senador reiterou ser plenamente favorável à preservação do ecossistema, "não apenas como reserva contemplativa, mas como fonte economicamente sustentável para o desenvolvimento humanos dos povos das florestas e dos cerrados".
Ele lembrou sua atuação histórica em defesa do meio ambiente, destacando que em 1992 encaminhou à Assembléia Legislativa o projeto de lei propondo a criação do Zoneamento Agro-Econômico e Ambiental de Mato Grosso, que ficou esquecido por mais de uma década. "Quando todos ainda falavam deste tema de forma lateral, adotei o desenvolvimento sustentado como política de Estado".
Jaime ainda elogiou a iniciativa do governador Blairo Maggi de resgatar o zoneamento "como solução para resolver os dilemmas ambientais de Mato Grosso". Ele também enfatizou que a Comissão de Riscos Ambientais do Senado procura caminhos para "que nem a integridade de nosso bioma, nem a dignidade de nossa gente sejam devastadas".
(Só Notícias, Amazonia.org, 24/04/2008)