A Embraer, que já faz voar com etanol o pequeno aparelho Ipanema, planeja testar jatos no ar com etanol da segunda geração como óleos de babaçu e mamona, entre outros. A Boeing já usou óleo de babaçu do Brasil na primeira demonstração mundial de um avião comercial voando com biocombustível, no começo de fevereiro. A concorrente européia Airbus fez no mesmo período o primeiro teste de vôo com carburante a partir de gás processado (GTL).
Os grandes construtores deixaram claro ontem num encontro internacional sobre aviação e meio-ambiente, em Genebra, que vêem o biocombustível como uma alternativa para aviões voarem "mais ecologicamente". Mas admitem que sua utilização para grandes aviões comerciais vai demorar anos, e em todo caso a opção não é etanol de cana ou a partir de alimentos. "Esse etanol (brasileiro) é feito de cana-de açúcar, e há gente que come açúcar"', disse ao Valor o presidente da Boeing, Scott Carson, que coloca esperanças em algas marinhas e babaçú como etanol de segunda geração, por exemplo. "Eu concordo", completou Tom Enders, o presidente da Airbus, ao seu lado.
(Carbono Brasil, 23/04/2008)