Leito foi canalizado no dia 17 de março após suspeitas de leptospirose
São Leopoldo - O departamento jurídico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam) de São Leopoldo está analisando a defesa da Escola Técnica Estadual Visconde de São Leopoldo, que teve um trecho do Arroio Sem Nome canalizado dentro de sua propriedade, na Feitoria. Uma notificação da Semmam determina que a obra de canalização seja desfeita e as margens do arroio sejam recuperadas. A escola defende que aguardará um retorno da secretaria para saber que passos tomar em seguida.
De acordo com o coordenador de Fiscalização Ambiental da Semmam, Diego Oliveira Martins, o processo corre dentro dos prazos legais. Atualmente, a Semmam analisa a documentação enviada pela escola como defesa para a canalização do arroio, em um trecho de 18 metros próximo à cozinha da instituição. “Se a defesa foi indeferida, a escola vai ter que cumprir a notificação’’, afirma Martins.
O diretor da escola agrícola, Oldemar Kolling, defende que a intervenção no Arroio Sem Nome era necessária em virtude dos riscos de transmissão de doenças aos alunos. “Na verdade, aquilo ali já não é mais arroio, é esgoto’’, afirma o diretor. Kolling diz que pretende aguardar a decisão da Semmam, e que a escola vai estar atenta às deliberações do comitê da sub-bacia que está em fase de formação na região.
O Arroio Sem Nome foi canalizado no dia 17 de março. A idéia da intervenção,
no entanto, é mais antiga: no ano 2000, o Ministério da Saúde recomendou à escola que canalizasse o arroio, após 50 alunos adoecerem com suspeita de leptospirose. Mais tarde, a ligação entre o caso e o arroio foi descartada.
(Jornal VS, 23/04/2008)