Integrantes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República se reuniram nesta quarta-feira (23) com o chefe do Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília) para discutir os tremores de terra sentidos em várias regiões de quatro Estados - São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. O chefe do observatório, Lucas Vieira Barros, defendeu a expansão da rede sismológica nacional, o que deverá custar US$ 1 milhão (R$ 1,66 milhão).
"O Gabinete de Segurança Institucional se dispõe a ajudar. Estamos estabelecendo os primeiros entendimentos", afirmou Barros, depois da reunião no Palácio do Planalto. O especialista disse ainda que além do apoio financeiro da União, deve ocorrer colaboração das Forças Armadas e suporte técnico na região Amazônica e na costa brasileira.
Segundo o especialista, atualmente existem 50 estações já instaladas no país, mas são necessárias mais 40. De acordo com Barros, com a ampliação da rede sismográfica será possível identificar os tremores menores do que quatro graus na escala Richter --considerados de baixa intensidade. O preço de cada nova estação está estimado em US$ 25 mil (R$ 41 milhões).
Barros disse que a reunião realizada hoje no GSI estava marcada antes dos tremores registrados ontem em várias regiões no país. O tremor foi sentido por volta das 21h e atingiu 5,2 graus na escala Richter.
O epicentro foi registrado a cerca de 215 km de São Vicente, no litoral sul de São Paulo, a aproximadamente 10 km de profundidade, segundo os sismógrafos do USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos, que monitora tremores).
(Folha Online,
Ambiente Brasil, 24/04/2008)