MP deu prazo de 30 dias para que estatal informe situação do investimento
A Corsan tem um prazo até o próximo dia 14 de maio para informar ao Ministério Público de Cachoeira do Sul sobre o andamento da licitação para construção de reservatórios de água a serem instalados no município. O investimento é de R$ 1,2 milhão para a construção de um reservatório elevado com capacidade para 500 mil litros de água a ser instalado no Loteamento Kaufmann e um reservatório apoiado na estação de tratamento de água, para dois milhões de litros. A estatal poderia simplesmente ignorar o problema, uma vez que não seria inteligente investir em uma cidade onde pode perder a concessão do serviço, já que a Prefeitura tenta provar na Justiça a ilegalidade do contrato. No entanto, a pressão do Ministério Público pode ter servido como motor para que a estatal se mexesse.
Esse investimento inclusive já havia sido licitado, mas alguns problemas inesperados acabaram travando a construção das unidades de reservação no município. Segundo informou André Weiler, gerente da estatal em Cachoeira, o vencedor da licitação e responsável pelo serviço acabou falecendo e o segundo colocado na concorrência não teria aceito tocar o trabalho pelo valor oferecido. Desta forma, a diretoria da estatal decidiu por uma nova licitação, não abrindo mão do investimento que já havia sido projetado. A previsão da Corsan é de que os reservatórios comecem a ser construídos até o final do ano, respeitados os trâmites legais da licitação. “Após os prazos para impugnação, a empresa vencedora terá um prazo para instalar os reservatórios”, explicou Weiler.
Solução
Segundo os engenheiros da Corsan, a instalação dos reservatórios é a saída mais viável para o problema das faltas de água que a população de Cachoeira do Sul sofre. A explicação é de que a compra de geradores acarretaria em um investimento maior e não haveria garantias de ser a melhor saída. “Teriam de ser comprados pelo menos três geradores mais potentes e um em cada motor de recalque”, revelou Weiler. Com os reservatórios, explica, há um aumento da capacidade de abastecimento para casos de urgência, como a interrupção do serviço de energia elétrica.
(Por Vinícius Severo, Jornal do Povo, 23/04/2008)