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resíduos da construção civil
2008-04-23

São de uma obra na Escola Christiano Smidt os tijolos encontrados às margens do Rio Pardinho, na semana passada. O material estampou a capa da Gazeta do Sul do último fim de semana e reforçou o alerta a moradores e ambientalistas de que o manancial está seriamente ameaçado.

O subprefeito do distrito, Noêmio Henstchke, confirmou que um funcionário deixou o entulho no local. Ele disse que não tinha conhecimento do destino que seria dado aos resíduos e providenciou a retirada do material pela manhã. “A escola havia feito uma obra e pediu que retirássemos as sobras. Então enviamos uma pessoa para fazer a limpeza. Eu só não sabia onde ele havia deixado os tijolos.” O responsável já teria recebido advertência.

Mesmo com a situação praticamente resolvida, o subprefeito tentou justificar a atitude, que deixou leitores preocupados com o futuro do Pardinho. O argumento, no entanto, contradiz a primeira justificativa. “Esperávamos que os tijolos ajudassem a evitar o desmoronamento do barranco que já está bastante comprometido naquele local”, disse.

Na tarde de ontem (22) havia apenas as marcas das rodas de uma retroescavadeira às margens do rio. Entretanto, parte dos tijolos não havia sido retirada do leito e podia ser vista sob a água rasa. O subprefeito argumentou que a máquina não teve condições de retirar o que havia ficado dentro da água. Ele não soube dizer para onde as sobras foram levadas, mas afirmou que situações como estas não devem se repetir.

Preocupação
Natural de Sinimbu Henstchke reconhece que o rio passou por mudanças drásticas nas últimas décadas. Aos 60 anos, recorda da época em que o volume de água era maior. “Dava para pescar nos fins de semana. Agora quase não tem peixe.” Dizendo-se preocupado com os danos do assoreamento, o subprefeito revelou que está sendo feito um trabalho de conscientização coletiva.

Entre as ações que estariam sendo adotadas naquela região estão palestras aos agricultores para que respeitem a legislação quanto à área a ser ocupada com as lavouras. Outra medida que foi intensificada, segundo ele, é a retirada dos galhos que ficam entulhando a passagem da água. “Os próprios moradores usam a madeira como lenha evitando assim o corte de mais árvores.”
 
Saiba mais
O Rio Pardinho, em seus 122 quilômetros de extensão desde a nascente em Boqueirão do Leão até a foz em Rio Pardo, apresenta realidades conflitantes. Neste percurso há pontos em que a preservação das margens é evidente, mas na maioria deles existem problemas de assoreamento e corte de árvores. O leito está, em muitos locais, fora do curso original. Além disso, as lavouras avançam de forma indiscriminada e chegam até as margens do manancial.

Na semana passada a Gazeta do Sul percorreu o trajeto entre Rio Pequeno, em Sinimbu, e o Lago Dourado, já em território santa-cruzense. Neste trecho, embora existam pontos em que a situação pareça estar sob controle, há outros com uma realidade bem diferente. Na área central de Sinimbu e em Salto Rio Pardinho, o esgoto de residências é jogado diretamente na água sem receber o mínimo tratamento.

Outro problema verificado durante a expedição é o abandono da área de preservação criada em 1996, quando era desenvolvido o projeto Salve o Rio Pardinho. Na região de Ponte Rio Pardinho, a área em que foram plantadas dezenas de mudas de árvores para evitar a erosão nos barrancos hoje está ocupada com pastagens. Das plantas restaram apenas duas mudas de louro, que logo correm o risco de desaparecer.
 
(Por Dejair Machado, Gazeta do Sul, 23/04/2008)


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